Campanha por casal de Uvalde recolhe mais de 2,7 milhões de dólares
Irma Garcia foi uma das professoras mortas no tiroteio. O marido, Joe, morreu poucos dias depois de um ataque cardíaco.
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Mundo Uvalde
Uma campanha no site GoFundMe, com o objetivo de pagar as despesas da família de uma das professoras assassinadas no tiroteio em Uvalde, no Texas, bateu de longe o objetivo e superou os 2,7 milhões de dólares (mais de 2,5 milhões de euros) em doações.
A campanha terá sido começada por Debra Austin, irmã da professora Irma Garcia, para pagar despesas burocráticas e os funerais do casal Garcia.
Irma foi morta por Salvador Ramos, o jovem de 18 anos que disparou na escola primária de Uvalde. Ramos matou 19 crianças e outro professor antes de ser abatido pela polícia.
Poucos dias depois, Joe Garcia morreu de ataque cardíaco, num incidente que a família descreveu como uma morte "de coração partido". Segundo a NBC, citando médicos e familiares, Joe morreu com uma doença rara, que se manifesta quando níveis extremos de stress (como na sequência de uma morte traumática) previnem o coração de contrair corretamente, levando a um ataque.
"Acredito piamente que o Joe morreu de coração partido, e perder o amor da sua vida de mais de 25 anos foi demasiado para ele aguentar", diz a página da campanha.
O casal Garcia deixou quatro filhos, todos adolescentes ou com pouco menos de 20 anos.
O objetivo era chegar aos 10 mil dólares (cerca de 9.300 euros). No entanto, a página indica que foram recolhidas mais de 49 mil doações, no valor de 2.748.240 dólares.
A campanha garante que todas as doações servirão para pagar as várias despesas da família, nomeadamente com os custos das celebrações fúnebres e com os filhos da família.
Através do site da GoFundMe - uma plataforma através da qual é possível criar campanhas para recolher donativos, pelos mais diversos motivos -, pesquisando a palavra 'Uvalde', é possível encontrar várias campanhas ativas: umas tentam pagar os funerais de vítimas, enquanto que outras, como a campanha de Abigale Veloz, tenta recolher donativos para pagar o apoio psicológico que a filha, Miah, uma sobrevivente do tiroteio, precisará (Miah foi uma das crianças que fingiu estar morta para sobreviver ao atirador).
Salvador Ramos, de 18 anos, é o protagonista do mais recente tiroteio em massa numa escola norte-americana. O tiroteio foi o segundo pior massacre escolar nos EUA e relançou o debate em torno da compra e do porte de armas de fogo no país, com os democratas e vários líderes mundiais a apelarem a mais controlo, e os republicanos conservadores a fincar o pé na questão do direito à posse de armas.
Segundo as autoridades locais, o jovem terá comprado duas armas semiautomáticas AR-15 no dia em que fez 18 anos, menos de dez dias antes de cometer o massacre. Nos dias anteriores ao tiroteio, Salvador contou nas redes sociais e em mensagens privadas que iria cometer o massacre, publicando fotos com as armas recentemente compradas.
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