O juiz do Tribunal Distrital dos EUA, Paul L. Friedman, tinha libertado Hinckley de todas as restantes restrições em setembro, mas impôs que a sua ordem apenas entraria em vigor em 15 de junho.
A audiência final decorreu esta quarta-feira, para garantir que Hinckley continua integrado na sua comunidade na Virginia, onde mora há vários anos, com o juiz a manter a data prevista para a libertação.
Apesar de não ter comparecido na audiência, divulgou um agradecimento na madrugada de quinta-feira, na rede social Twitter.
"Um grande obrigado a todos os que me ajudaram a obter a minha libertação incondicional. Que viagem longa e estranha foi. Agora é hora de 'rock and roll'", sublinhou.
Hinckley, que completou recentemente 67 anos, canta e toca guitarra e deseja seguir uma carreira musical, partilhando a sua música no YouTube.
Em julho tem previsto um concerto para Nova Iorque, enquanto os espetáculos marcados para Connecticut e Chicago, com o nome "John Hinckley Redemption Tour" foram cancelados.
Hinckley foi libertado de um hospital psiquiátrico em 2016, ao fim de mais de 30 anos de internamento.
Entre as restrições que estavam em vigor, incluíam-se a autorização para as autoridades acederem ao seu telemóvel, correio eletrónico e contas 'online', ou a obrigatoriedade de informar com três dias de antecedência a intenção de viajar mais de 120 quilómetros a partir da sua habitação.
Juiz, procuradores e o advogado de longa data de Hinckley mostraram-se satisfeitos com o final deste processo, enquanto a Fundação Ronald Reagan manifestou-se contra, "preocupada" com a libertação de Hinckley e a vontade deste em seguir "uma carreira musical com fins lucrativos".
Hinckley disparou sobre Reagan à porta do hotel Hilton, de Washington, em 30 de março de 1981.
Declarou que queria impressionar a atriz Jodie Foster, que tinha visto no filme "Taxi Driver".
Foi declarado inimputável pela justiça.
Uma das balas atingiu Reagan no peito, perto do coração.
Na ocasião, três outras pessoas foram atingidas, entre as quais o então porta-voz da Casa Branca, James Brady, que ficou parcialmente paralisado e com problemas de fala, tendo morrido em 2014.
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