Angola defende mais parcerias económicas e empresariais na CPLP

O ministro das Relações Exteriores angolano, Téte António, defendeu hoje "um incremento de parcerias económicas e empresariais" para uma melhor cooperação a nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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Lusa
03/06/2022 14:18 ‧ 03/06/2022 por Lusa

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Téte António, que fazia hoje em Luanda o discurso de abertura da 27ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP, organização a que Angola preside atualmente, sublinhou que o incremento de parcerias "com vantagens recíprocas e equilibradas" conduz a um desenvolvimento abrangente e sustentável dos mercados dos Estados-membros, com efeitos positivos na qualidade de vida das respetivas populações.

Angola tem realizado nos últimos meses reuniões das comissões mistas de cooperação com vários países, incluindo com Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe e Brasil, para "fomentar o crescimento económico, incentivar o diálogo e estimular, cada vez mais, a interação entre os povos", acrescentou.

A expectativa é, segundo o ministro, que este modelo de cooperação "possa contribuir para implementação de políticas sociais e macroeconómicas direcionadas para a promoção de uma maior igualdade de oportunidades de inserção de mulheres na sociedade e o aumento da intervenção da juventude no espaço comunitário da CPLP".

Téte Antonio defendeu também "uma maior cooperação entre os Estados na procura de soluções comuns na base do princípio do multilateralismo", face aos desafios do terrorismo, da covid-19 e mudanças climáticas, entre outros.

"Angola continua engajada na prevenção, gestão e resolução de conflitos em África, procurando contribuir para soluções pacíficas que promovam a mediação e o diálogo político, bases fundamentais para o desenvolvimento de uma agenda nacional de democracia e do Estado de Direito no continente", salientou ainda Téte António, destacando o "empenho" do Presidente angolano, João Lourenço, na resolução de conflitos.

 Na reunião de hoje participam, além de Angola, os chefes da diplomacia portuguesa, brasileira, cabo-verdiana e são-tomense, a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano de Moçambique, chefes das delegações das repúblicas da Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Timor-Leste, o secretário-executivo da CPLP e o embaixador da Namíbia acreditado na República de Angola, em representação dos Observadores Associados da CPLP.

A cooperação económica na comunidade é o tema central do encontro, mas o debate também incluirá a guerra na Ucrânia.

Os ministros devem ainda apreciar o relatório de atividades para a implementação do Programa de Apoio à Integração da Guiné Equatorial (PAIGE) na comunidade, financiadas pelo Fundo Especial da CPLP, disseram fontes diplomáticas à Lusa.

A XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP aprovou, em 17 de julho de 2021, em Luanda, a criação de um novo pilar da comunidade, o da cooperação económica, proposto por Angola, país que assumiu naquela altura a presidência rotativa da organização.

Mas para se acomodar este novo objetivo da CPLP é preciso que os Estados-membros aprovem uma alteração de estatutos da organização, uma revisão que poderá ou não ser mais abrangente, dizem fontes diplomáticas.

Leia Também: CPLP vai preparar em conjunto militares para operações de Paz

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