Governo moçambicano quer inquérito "célere" a erros no manual escolar
O Conselho de Ministros de Moçambique defendeu hoje um "inquérito célere" e "responsabilização" de eventuais culpados no caso de erros detetados num manual escolar da 6.ª classe do Sistema Nacional de Educação.
© Lusa
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"Foi constituída uma comissão de inquérito que se pretende deverá trabalhar de forma célere para que sejam levantadas as questões que terão levado a que o livro fosse apresentado nestas condições", disse Filimão Suaze, porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, falando em conferência de imprensa no final da sessão semanal do órgão.
Suaze avançou que o executivo quer a responsabilização de eventuais culpados pelos erros que aparecem no livro, não se tendo alongado mais sobre o assunto.
Na última quinta-feira, a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano de Moçambique, Carmelita Namashulua, disse que o livro de Ciências Sociais da 6.ª classe será retirado das escolas, devido a erros "inaceitáveis e inadmissíveis" detetados nos manuais.
Namashulua anunciou ainda a suspensão do diretor do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE), entidade estatal responsável pela direção do processo de produção dos livros, a dissolução da Comissão de Avaliação do Livro Escolar (CALE) e a sua substituição por uma outra estrutura.
Entre os erros mais gritantes detetados no livro do 6.º ano está a localização geográfica de Moçambique, que no livro é situado na África Oriental e não consta como país da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), entidade em cuja fundação participou.
Uma outra anomalia considerada grave é a localização de antigas fronteiras do Zimbabué, país que faz fronteira com Moçambique, mas que o livro indica ser banhado pelo Mar Vermelho.
Os equívocos incluem ainda a ilustração de uma foto do parlamento angolano como sendo de Moçambique.
Na sequência dos erros, está em curso um inquérito aberto pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.
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