Coreia do Norte ignorou todos os apelos ao diálogo, diz enviado dos EUA

O enviado especial norte-americano para a Coreia do Norte, Sung Kim, lamentou, esta terça-feira, a falta de resposta aos apelos ao diálogo feitos por Washington, através de vários canais, desde o ano passado, incluindo para oferecer ajuda humanitária.

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Lusa
07/06/2022 19:59 ‧ 07/06/2022 por Lusa

Mundo

Coreia do Norte

Apesar dos vários lançamentos de mísseis balísticos norte-coreanos desde o início do ano, Washington continua a oferecer conversações com Pyongyang "sem condições prévias", disse aos jornalistas o enviado especial para a Coreia do Norte.

Insinuou que esta abertura diplomática permaneceria em cima da mesa mesmo que o país realize um novo teste nuclear, o primeiro desde 2017, uma possibilidade que os norte-americanos admitem.

"Para demonstrar a nossa sinceridade, altos funcionários dos EUA, incluindo o nosso Presidente e o secretário de Estado, afirmaram publica e repetidamente que queremos um intercâmbio diplomático", frisou.

Essa disponibilidade foi comunicada "através de canais privados" e de "terceiros", incluindo através da China, "diretamente e até por escrito", incluindo "em termos de cooperação humanitária e ajuda relacionada com a covid-19", especificou.

"Até à data, a Coreia do Norte não respondeu e continua a não mostrar interesse no diálogo", lamentou o diplomata.

As forças armadas dos EUA e da Coreia do Sul lançaram na segunda-feira oito mísseis balísticos para as águas ao largo da costa oriental da península coreana, um dia após o Norte ter também disparado oito mísseis balísticos.

O lançamento teve como objetivo demonstrar a capacidade de responder com rapidez e precisão a eventuais ataques norte-coreanos, disseram os militares do Sul.

A secretária de Estado adjunta dos Estados Unidos, Wendy Sherman, garantiu esta terça-feira uma resposta "rápida e contundente" caso a Coreia do Norte avance com um teste nuclear.

Sherman deixou a garantia depois de se ter reunido, no fim de semana, em Seul, com o homólogo sul-coreano, Cho Hyun-dong, para discutir os recentes lançamentos de mísseis e a possibilidade de um sétimo teste nuclear norte-coreano, como avançou a agência de notícias da Coreia do Sul, Yonhap.

"Qualquer teste nuclear seria uma violação completa das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", sublinhou Sherman, acrescentando que "haverá uma resposta rápida e contundente a tal teste".

No que diz respeito à situação do coronavírus na Coreia do Norte, a diplomata pediu ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, que se concentre em lidar com a pandemia "em vez de tomar ações provocadoras, perigosas e desestabilizadoras".

Sherman destacou que Washington não têm intenções hostis, e acrescentou que vai continuar a pressionar Pyongyang a escolher o caminho da diplomacia.

 

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