Segundo a agência EFE, a porta-voz adjunta do governo, Christiane Hoffmann, destacou, em conferência de imprensa, que o projeto de lei "sobre o fornecimento de centrais substitutas para reduzir o consumo de gás no setor elétrico em caso de escassez iminente de gás", aprovado em Conselho de Ministros, visa "reforçar ainda mais a segurança energética na Alemanha".
Com esta lei, está prevista a criação de uma reserva de substituição de gás por um período limitado, até 31 de março de 2024, com a qual será possível poupar gás no abastecimento da rede elétrica, se vier a ser necessário, especificou Christiane Hoffmann.
Para isso, as centrais a carvão e petróleo atualmente na reserva serão ajustadas para poderem "no curto prazo, voltar ao mercado, em caso de procura".
O objetivo é, em caso de escassez iminente, substituir ao máximo a produção de eletricidade a partir de gás por outras fontes de energia, ou seja, petróleo e carvão, "na medida do possível", explicou.
"Isto é especialmente importante no contexto da guerra russa contra a Ucrânia e a situação tensa nos mercados de energia", enfatizou a porta-voz.
Ainda assim, Hoffmann disse que o governo alemão mantém o objetivo de abandonar a produção a carvão até 2030, bem como os objetivos climáticos.
Já a porta-voz da Economia, Beate Baron, salientou que com o acordo desta quarta-feira o que se está a fazer é tomar medidas preventivas, mas assegurou que nenhuma das centrais da reserva passará a fazer parte do mercado elétrico.
Baron especificou que será necessário prolongar a reserva, que em alguns casos estava prestes a expirar, para que as centrais permaneçam na rede de reserva e, consequentemente, a sua operação também tenha que ser garantida por mais tempo.
Em relação às centrais nucleares, Baron indicou que a avaliação realizada pelo Ministério da Economia e Clima e pelo Ministério do Ambiente concluiu que o prolongamento da sua operação não contribuiria substancialmente para compensar possíveis problemas de abastecimento.
A porta-voz lembrou que as três últimas centrais nucleares ainda na rede representam apenas 5% da produção de eletricidade na Alemanha.
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