O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou, este domingo, a necessidade de fornecer “sistemas modernos de defesa antimísseis” à Ucrânia e revelou que o país já foi alvo de mais de dois mil ataques com mísseis.
“Hoje é o 109.º dia de uma guerra em grande escala, mas não é o 109.º dia que dizemos aos nossos parceiros uma coisa simples: a Ucrânia precisa de sistemas modernos de defesa antimísseis”, começou por afirmar o chefe de Estado na sua comunicação diária ao país.
Segundo Zelensky, o fornecimento destes sistemas já teria sido possível “este ano, no ano passado e mesmo antes”. “Conseguimo-los? Não. Precisamos deles? Sim. Já houve 2.606 respostas afirmativas a esta pergunta, sob a forma de vários mísseis de cruzeiro russos que atingiram cidades ucranianas”, frisou.
Em Severodonetsk, “travam-se lutas muito ferozes, literalmente por cada metro” e aumenta a pressão “na direção de Lysychansk, Bakhmut, Slovyansk e assim por diante”.
Mas, lembra o presidente ucraniano, a Rússia “vai tentar lançar recrutas mal treinados para a batalha e aqueles que foram reunidos por mobilização encoberta”. Para os generais russos, o seu povo é visto “simplesmente como a forragem de canhão de que necessitam para ganhar uma vantagem em número”.
“Isto significa apenas uma coisa: a Rússia pode atravessar a linha de 40 mil das suas tropas perdidas já em junho. Em nenhuma outra guerra, em muitas décadas, perderam tanto”, atirou.
Assinala-se, este domingo, o 109.º dia da invasão russa da Ucrânia. Segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser mais elevado, pelo menos 4.200 civis morreram no conflito.
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