O anúncio foi feito após uma reunião sobre o clima que contou com a presença de vários ministros, bem como da diretora-geral da OMC, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala.
Nesta ocasião, representantes da UE, Equador, Quénia e Nova Zelândia anunciaram o lançamento de uma coligação ministerial sobre o comércio e o clima, de acordo com um comunicado de imprensa da UE.
"A crise climática é um problema global e, para o endereçar, precisamos de uma ação global", disse o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, com a pasta do 'Comércio', Valdis Dombrovskis, na abertura da reunião.
Segundo argumentou, "o comércio deve ser parte da solução. É um motor de crescimento que pode criar novos empregos verdes, reduzir a pobreza e apoiar a transição para economias neutras em relação ao clima".
Neste sentido, os ministros pretendem fortalecer o diálogo para que o comércio e as políticas comerciais possam apoiar os objetivos climáticos do Acordo de Paris de 2015 e o desenvolvimento sustentável.
"Esta coligação desenvolverá uma ação conjunta para enfrentar a crise climática de forma justa, através da política comercial", disse Dombrovskis.
Uma primeira reunião está prevista para julho para decidir os próximos passos com vista à criação desta nova coligação.
De acordo com várias fotos divulgadas por diplomatas, a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, participou nesta reunião, mas os EUA não são signatários da declaração.
A questão das mudanças climáticas, por si só, não figura expressamente nos acordos da OMC. No entanto, os objetivos de desenvolvimento sustentável e da proteção ambiental são assumidos como centrais para a OMC.
No quadro das negociações em curso sobre o apoio mútuo entre a liberalização comercial e o meio ambiente, os países membros da OMC estão a trabalhar para eliminar as barreiras comerciais nos setores de bens e serviços suscetíveis de beneficiar o meio ambiente.
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