A FDA tem marcada uma reunião de especialistas para a próxima quarta-fera com o objetivo de decidir se recomenda, ou não, a vacina Pfizer (administrada em três injeções para crianças de seis meses a cinco anos) e a da Moderna (duas injeções para crianças de seis meses a cinco anos).
Segundo um relatório da FDA hoje publicado, as crianças menores de cinco anos são o único grupo etário ainda não elegível para a vacinação contra covid nos Estados Unidos e na maioria dos países, mas a sua taxa de hospitalização e morte é "maior do que em crianças e adolescentes de 5 a 17 anos".
Segundo o plano proposto, as duas primeiras injeções de Pfizer são administradas com três semanas de intervalo, e a terceira é administrada oito semanas após a segunda. As suas dosagens serão mais baixas do que as utilizadas para crianças maiores de cinco anos, bem como para as pesssoas com 12 anos ou mais.
A Pfizer e a Moderna já tinham transmitido as suas descobertas em comunicados à comunicação social, mas a FDA teve que rever os dados e realizar a sua própria avaliação, tendo divulgado uma análise favorável para a Moderna na passada sexta-feira.
A avaliação sobre a Pfizer também se mostrou favorável, com base nos níveis de anticorpos bloqueadores de infecção nos participantes do estudo e num perfil de efeitos colaterais semelhante em grupos etários mais velhos.
Cerca de 4.500 crianças participaram do estudo.
Uma estimativa preliminar colocou a eficácia da vacina em 80,3%, mas a FDA ressalvou que essa percentagem foi baseada em poucos casos positivos - apenas 10, em comparação com os 21 procurados para uma estimativa mais precisa.
Existem quase 20 milhões de crianças norte-americanas com menos de cinco anos, ou seja, representam 6% da população.
Se, conforme esperado, especialistas indicados pela FDA recomendarem ambas as vacinas, o assunto transita de imediato para outro painel convocado pelos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), que terá a palavra final.
Na semana passada, funcionários da Casa Branca avançaram que o lançamento de milhões de doses destas vacinas em farmácias e consultórios médicos poderia começar já em 21 de junho.
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