UE compra 110 mil doses de vacinas contra o Monkeypox
O bloco europeu assinou o acordo com a empresa Bavarian Nordic, esta terça-feira.
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Mundo Monkeypox
A União Europeia (UE) assinou, esta terça-feira, um acordo com a empresa Bavarian Nordic, que estabelece a compra de 110 mil doses de vacinas contra o vírus Monkeypox.
A Comissão Europeia detalha, em comunicado, que a Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA, na sigla inglesa) decretou a compra de 109.090 doses da vacina de terceira geração daquela empresa de biotecnologia, o que tornará possível a sua disponibilização entre os 27, a Noruega e a Islândia.
A compra das vacinas será feita através de fundos comunitários do programa EU4Health, segundo adianta a comissária europeia para a saúde, Stella Kyriakides.
"Esta é uma demonstração tangível da nossa capacidade reforçada de responder rapidamente às crises de saúde, mas também da resposta rápida e coletiva que uma União Europeia da Saúde pode oferecer", complementa a responsável, considerando que "o surto de Monkeypox mostrou a importância de uma abordagem unificada da UE para a preparação e resposta às ameaças emergentes para a saúde".
As entregas terão início já no final deste mês, priorizando os Estados-membros com maior número de casos, detalha a nota.
Além disso, a entidade informa que esta vacina de terceira geração está, atualmente, autorizada apenas na UE para proteger os adultos contra a varíola, concedendo proteção também perante o Monkeypox, "uma vez que esse vírus está intimamente relacionado ao vírus da varíola".
"Alguns Estados-membros já concederam isenções nacionais que permitem a utilização temporária da vacina contra o vírus Monkeypox. A Agência Europeia de Medicamentos está pronta para apoiar os Estados-membros a facilitar essas isenções e contactou de forma proativa a empresa para acelerar o processo regulamentar", acrescenta.
Esta terça-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou mais 22 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, o que eleva o número total de casos confirmados em terras lusas para 231.
Por sua vez, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu, na semana passada, que venha a ser administrada uma vacina contra a varíola humana para "conter cadeias de transmissão" do vírus Monkeypox, mas "sempre medido o risco e o benefício". Adiantou, por isso, que a DGS tem estado "a trabalhar de muito perto com o Infarmed e com a comissão técnica de vacinação".
O Monkeypox, da família do vírus que causa a varíola, é transmitido de pessoa para pessoa por contacto próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.
O tempo de incubação é geralmente de sete a 14 dias, e a doença, popularmente conhecida por varíola dos macacos, dura, em média, duas a quatro semanas.
A doença é endémica na África Ocidental e Central e menos perigosa que a varíola.
A DGSe recomenda às pessoas que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, que procurem aconselhamento médico.
[Notícia atualizada às 11h54]
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