"Enviámos os nossos pedidos por escrito a estes dois países. (...) Estamos agora à espera das suas respostas escritas", disse Mevlut Cavusoglu, aos jornalistas.
Sem adiantar mais detalhes sobre os pedidos, o ministro afirmou que não se trata apenas de "alterar as leis", numa referência à Suécia, que anunciou recentemente a sua intenção de reforçar a legislação relativa à luta contra o terrorismo.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também reiterou esta quarta-feira, perante os parlamentares do seu Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), que "no que diz respeito à NATO, enquanto a Suécia e a Finlândia não adotarem medidas concretas sobre a luta contra o terrorismo" a "posição (de Ancara) não mudará".
A Turquia acusa ambos os países de dar asilo a militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado como "terrorista" pelo governo turco e os seus aliados ocidentais.
A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, apelou na terça-feira para que se consiga um acordo com Ancara antes da cimeira da Aliança Atlântica no final de junho.
Caso contrário, a representante finlandesa teme que a adesão do seu país e da Suécia possa ficar "congelada".
"É muito importante encontrar uma solução antes da cimeira de Madrid, porque acho que este é o momento. Se não resolvermos essas questões antes de Madrid, há o risco de a situação ficar congelada por algum tempo", disse Marin, numa conferência de imprensa, em Bommersvik (Suécia).
O Secretário-Geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse na segunda-feira que a Suécia e a organização internacional estão a "trabalhar arduamente" para resolver as questões "legítimas" levantadas pela Turquia.
"O Sr. Stoltenberg expressa sempre com sinceridade os seus pontos de vista e esforça-se por responder às preocupações da Turquia. Agradecemos os seus esforços", comentou Cavusoglu.
Ambos os países apresentaram o seu pedido de adesão em meados de maio, que deve ser aprovado por todos os membros e que conta com o veto da Turquia, que alegou que os governos da Finlândia e da Suécia não têm sido suficientemente duros em relação a "terroristas" curdos.
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