EUA. Atirador de massacre em Buffalo pode ser condenado à pena de morte

Tiroteio aconteceu há cerca de um mês, num supermercado nos Estados Unidos.

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Teresa Banha
15/06/2022 17:59 ‧ 15/06/2022 por Teresa Banha

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Tiroteios EUA

O atirador que matou dez pessoas num supermercado em Buffalo, nos Estados Unidos (EUA), foi acusado de 26 crimes de ódio de crimes federais de ódio.

De acordo com um documento conhecido esta quarta-feira, e citado pelas publicações internacionais, o jovem, de 18 anos, poderá vir a enfrentar a pena de morte pela morte de dez afro-americanos.

Na sequência do tiroteio, que ocorreu devido a motivações raciais, três outras pessoas ficaram feridas.

Para além das acusações a nível federal, Payton Gendron já enfrenta, a nível estatal, uma pena de prisão perpétua sem condicional.

De acordo com os documentos da acusação federal, o atirador fez uma pesquisa exaustiva a nível demográfico e também sobre praticas de tiro para uma ocasião em que os lesados seriam sempre pessoas que não fossem caucasianas.

Gendron terá conduzido cerca de 320 km desde uma comunidade na fronteira entre os estados de Nova Iorque e Pensilvânia para Buffalo, onde existe uma grande comunidade afro-americana. 

De acordo com as publicações internacionais, os documentos abordam ainda a existência da Teoria da Substituição, uma tese racista de que os americanos caucasianos correm o risco de ser 'substituídos' por pessoas de outras etnias. É uma teoria da conspiração que já motivou outros extremistas a realizarem massacres, e que é muito difundida em grupos de extrema-direita.

Recorde-se que o jovem já tinha estado no local em março, tendo sido abordado pelo segurança do estabelecimento, que foi uma das vítimas mortais do massacre que aconteceu a 14 de maio.

Também durante as buscas realizadas pelo FBI na casa do atirador foi encontrado uma nota na qual este pedia desculpa à família, e dizia que "tinha que cometer este massacre" porque se preocupava "com o futuro da raça branca".

Este e posteriores massacres nos Estados Unidos - como o da escola primária Robb em Uvalde, no Texas - geraram uma onda de revolta e de apelo a um maior controlo no uso de armas.  O governador de Nova Iorque proibiu, dias depois do ataque no supermercado, a compra de armas automáticas no estado a menores de 21 anos.

Também o Congresso dos EUA está a trabalhar num acordo bipartidário para o controlo de armas no país. Na terça-feira, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, já disse que, a implementar-se, "será um passo à frente".

Leia Também: Biden pede às petrolíferas dos EUA para aumentar produção e baixar preços

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