Seguindo os passos dos Estados Unidos, Londres anunciou em 06 de junho que facultaria a Kyiv esses sistemas, conhecidos como GMLRS, cujo alcance e precisão ultrapassam os da artilharia russa.
"Acho que a entrega é iminente e as munições devem seguir", disse Ben Wallace em conferência de imprensa em Oslo (Noruega), à margem de uma reunião da Força Expedicionária Conjunta de 10 nações do norte da Europa.
Kyiv, cujas forças estão em dificuldade no Donbass (leste), continua a exigir "mais armas pesadas" aos seus aliados.
Na terça-feira, a vice-ministra da Defesa ucraniana, Anna Maliar, disse que o seu país recebeu apenas "cerca de 10%" das armas de que necessita.
Além de vários lançadores de foguetes, Wallace disse que o Reino Unido está a considerar enviar mísseis antinavio do tipo Harpoon, além dos já prometidos, disse, pela Dinamarca e Países Baixos.
Ao seu lado na conferência de imprensa, o seu homólogo norueguês, Bjørn Arild Gram, indicou que o seu país "considerava outras doações" de armamento para a Ucrânia, além dos 22 abuses M-109, os 100 mísseis antiaéreos Mistral e cerca de 4.000 M72 antiarmas de tanque já fornecidas.
Estas declarações surgem poucas horas antes de uma reunião em Bruxelas (Bélgica) onde "cerca de 50 países", de acordo com o embaixador norte-americano na NATO, devem analisar a questão da ajuda militar à Ucrânia, com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou que 4.452 civis morreram e 5.531 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 112.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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