Rússia "já perdeu estrategicamente" a guerra na Ucrânia, diz Reino Unido

O chefe das Forças Armadas do Reino Unido frisou que qualquer ideia de que a guerra esteja a ser um sucesso para a Rússia é “um disparate”. 

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© Andrew Milligan/PA Images via Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
17/06/2022 12:26 ‧ 17/06/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

O chefe das Forças Armadas do Reino Unido, Sir Tony Radakin, considerou que a Rússia já “perdeu estrategicamente” a guerra na Ucrânia e que qualquer ideia de que a guerra esteja a ser um sucesso é “um disparate”. 

“Este é um erro terrível da Rússia. A Rússia nunca assumirá o controlo da Ucrânia. A Rússia já perdeu estrategicamente. A NATO está mais forte, a Finlândia e a Suécia estão à espera de aderir", afirmou o responsável em entrevista à agência de notícias PA. 

Segundo Radakin, a Rússia tem conquistado apenas “pequenos ganhos” e foi obrigada a desistir dos seus objetivos de assumir o controlo da maioria das grandes cidades ucranianas.

“A máquina russa está a moer e a ganhar um par de - dois, três, cinco - quilómetros todos os dias. Isto é duro para a Ucrânia, mas esta vai ser uma longa luta. Estamos a apoiar a Ucrânia, a Ucrânia mostrou como é realmente corajosa”, afirmou.

Na ótica do chefe das Forças Armadas britânicas, a “Rússia tem vulnerabilidades porque está a ficar sem gente e sem mísseis de alta tecnologia”. “O presidente Putin utilizou cerca de 25% do poder do seu exército para ganhar uma pequena quantidade de território e 50 mil pessoas mortas ou feridas”, acrescentou.

Diplomática e economicamente, a Rússia é agora “um poder mais diminuído”. “Qualquer ideia de que isto é um sucesso para a Rússia é um disparate. A Rússia está a falhar”, frisou. 

O país liderado por Vladimir Putin, “pode estar a obter alguns sucessos tácticos ao longo das últimas semanas”, mas “a Rússia está a perder estrategicamente”.

Ao 114.º dia, a guerra da Ucrânia já provocou, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a morte a 4.481 civis e deixou 5.565 feridos. 

Leia Também: AO MINUTO: Ucrânia na UE? Bruxelas favorável; Situação "alarmante"

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