Estas manobras anuais vão decorrer até 30 de junho principalmente em Marrocos, mas também na Tunísia, Senegal e Gana, informou o Comando dos Estados Unidos para África (Africom).
O exercício mobiliza mais de 7.500 soldados de 10 nações, incluindo Brasil, Chade, França e Reino Unido. Observadores militares da NATO e 15 "países parceiros", incluindo Israel, pela primeira vez, também participam.
O "African Lion" visa em particular "fortalecer as nossas capacidades de defesa comum para combater ameaças transnacionais e organizações extremistas violentas", disse o Africom, citado em comunicado.
Por seu lado, o número dois do Exército marroquino, general Belkhir El Farouk, pediu hoje para encarar "desafios de segurança".
Em Marrocos, estas manobras de descontaminação terrestre, aérea, marítima e QBRN (nuclear, radiológica, biológica e química) vão ter lugar em Kenitra, perto de Rabat, e em várias regiões do sul, nomeadamente em Mahbes, na fronteira argelina, de acordo com as Forças Armadas Reais Marroquinas (FAR).
Tal como em 2021, estão previstos saltos de paraquedistas militares e exercícios de artilharia no deserto, junto ao Saara Ocidental, não muito longe de Tindouf, a base dos separatistas saharauis da Frente Polisário, na Argélia.
A questão do Saara Ocidental, antiga colónia espanhola considerada "território não autónomo" pelas Nações Unidas, opôs Marrocos à Polisário, apoiada por Argel, durante décadas.
Os separatistas saharauis querem um referendo de autodeterminação enquanto Rabat promove a autonomia sob sua soberania.
Como parte de um acordo negociado pelo ex-Presidente norte-americano Donald Trump, os Estados Unidos reconheceram a soberania de Marrocos sobre este vasto território desértico em dezembro de 2020, em troca da retomada das relações diplomáticas entre Marrocos e Israel.
A Argélia rompeu relações diplomáticas com Marrocos em agosto de 2021, acusando Rabat de "ações hostis" e denunciando a sua cooperação militar e de segurança com a "entidade sionista" (Israel).
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