"Tomamos hoje [quarta-feira] uma decisão histórica" ao adotar esta definição, salientou o presidente do Knesset (Parlamento), Mickey Levy, citado num comunicado divulgado pelo seu gabinete.
"O Knesset, bem como a Câmara dos Representantes do povo judeu, está empenhado na luta contra o antissemitismo, nas suas formas mais feias (...) que inclui a negação do Holocausto, a negação do direito do povo judeu à autodeterminação, bem como expressões de antissemitismo disfarçado de crítica a Israel", acrescentou Levy.
Esta definição, adotada por mais de 30 país ao redor do mundo, descreve vários comportamentos considerados antissemitas, em particular a negação do Holocausto, o genocídio em massa de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Segundo o significado proposto pelo IHRA, "antissemitismo é uma determinada perceção sobre os judeus que pode manifestar-se em ódio contra estes. As manifestações retóricas e físicas de antissemitismo visam indivíduos judeus ou não judeus e/ou as suas propriedades, instituições comunitárias e locais de adoração".
Os críticos desta definição acreditam que esta impede certas críticas ao Estado de Israel.
Assim, a definição da IHRA inclui "negar ao povo judeu o seu direito à autodeterminação", igualando a retórica antissionista ao antissemitismo.
A IHRA também denuncia "o tratamento desigual do Estado de Israel, ao qual se pede que se adote comportamentos que não são esperados nem exigidos de nenhum outro Estado democrático".
"O antissemitismo corrói os valores democráticos mais fundamentais e combatê-lo é uma necessidade", destacou ainda Mickey Levy, apelando a outros parlamentos ao redor do mundo para que "se juntem à luta adotando" esta definição de antissemitismo.
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