Três suspeitos da morte de jornalista em 2014 detidos nas Maldivas
As autoridades das Maldivas prenderam hoje três suspeitos do desaparecimento e assassinato em 2014 do jornalista Ahmed Rilwan, cuja investigação fora atribuído a grupos jihadistas do Estado Islâmico (EI) e da Al- Qaeda.
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Mundo Maldivas
Os três homens foram detidos hoje pelo seu papel chave no sequestro e morte do jornalista do Minivan News, revelou à Efe o porta-voz da Comissão Presidencial sobre Mortes e Desaparecimentos, encarregue da investigação, Misbah Abbas.
"Esperamos julgar os três suspeitos e, finalmente, fechar a ferida da família da vítima", acrescentou.
Um porta-voz da polícia disse que as autoridades estão confiantes "em poder confirmar os crimes" contra eles, depois de em 2016 outros dois suspeitos terem sido detidos, mas que acabaram por ser libertados por falta de provas.
Segundo a polícia, os três detidos têm vastos antecedentes criminais, que incluem o sequestro de vários ativistas dos direitos humanos.
Para além disso revelaram que um dos detidos já havia sido detido por suspeita de ter viajado para a fronteira entre a Síria e a Turquia para se juntar ao EI.
Rilwan foi sequestrado, forçado a entrar num bote, assassinado e o seu corpo deitado ao mar a 07 de agosto de 2014, concluiu um relatório elaborado pela comissão cinco anos após o seu desaparecimento.
Esse documento indicava que islamistas ligados aos grupos terroristas do EI e da Al-Qaeda estariam por detrás da morte do jornalista conhecido pela sua visão crítica contra o islamismo radical.
O Observatório dos Direitos Humanos denunciou em abril o fracasso das autoridades das Maldivas na proteção da liberdade de expressão contra os ataques de grupos extremistas religiosos.
No seu relatório, a organização internacional criticou o facto da comissão designada pelo governo para investigar mortes e desaparecimentos como o de Rilwan não tenha ido além de avanços significativos.
Para além disso, criticou o escasso avanço na busca pelos autores do assassinato em 2017 da 'blogger' Yameen Rasheed, amiga de Rilwan, e conhecida por ser muito crítica do governo e do extremismo islâmico, facto que levou a ONU a instar as autoridades das Maldivas para garantir uma investigação rigorosa.
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