Ataques em Paris. Homem detido junto ao tribunal onde se espera veredito
Suspeito furou o perímetro de segurança com uma bolsa e comportamento suspeitos.
© Getty Images
Mundo Atentados Paris
Um homem foi detido depois de ter furado o perímetro de segurança do tribunal onde decorre o julgamento dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, cujo veredito deverá ser conhecido ao final da tarde desta quarta-feira.
O indivíduo atravessou a barreira policial do Tribunal de Assize com uma bolsa e apresentava, de acordo com a polícia, uma vestimenta e um comportamento suspeitos.
A polícia abriu de imediato uma investigação devido à suspeita de que o homem pudesse estar na posse de artefactos explosivos, facto de foi entretanto descartado pelo quartel-general da polícia de Paris.
O homem permanece sob custódia policial.
Ce matin, un individu porteur d'un sac, à la tenue et au comportement suspects, a été contrôlé au niveau du 5 bd du Palais #Paris4 :
— Préfecture de Police (@prefpolice) June 29, 2022
Mise en place d'un périmètre de sécurité
Levée de doute effectuée par le déminage : RAS
Individu pris en compte par les services judiciaires pic.twitter.com/yEdbJa5toM
O caso acontece no dia em que é esperada a sentença do julgamento dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris e em Saint-Denis, pondo fim a uma maratona judicial que durou quase dez meses.
O Ministério Público francês pede prisão perpétua para dez arguidos, incluindo o único membro vivo dos comandos jihadistas, Salah Abdeslam.
Em novembro de 2015, a capital francesa foi alvo de vários atentados, entretanto reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, que provocaram 130 mortos, entre os quais dois portugueses.
Os ataques, perpetrados por pelo menos oito terroristas, sete dos quais morreram, ocorreram em vários locais de Paris e arredores, entre eles na reconhecida sala de espetáculos Bataclan e no Estádio de França, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções francesa e alemã.
A França decretou, na altura, o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o então Presidente, François Hollande, classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".
Leia Também: Julgamento dos atentados de novembro de 2015 em Paris em alegações finais
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