"De acordo com o seu mandato para proteger os civis (...) a Missão da ONU na República Centro-Africana lançou uma operação militar no domingo, 26 de junho", disse a missão da ONU, numa declaração citada pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), na qual se adianta que dos combates resultou a morte de dois dos rebeldes em Ouanda-Djallé, a 800 quilómetros a nordeste de Bangui, a capital.
A coligação rebelde 'Patriots for Change', no entanto, acusou os 'capacetes azuis' de combaterem ao lado de mercenários locais e das forças de segurança privada russa Wagner, "violando o dever de neutralidade", segundo a AFP.
Nesta fase, não existem fontes independentes que confirmem se os militares da África Central e os paramilitares russos que os apoiam estão ou não presentes em Ouanda-Djallé.
A República Centro-Africana é o segundo país menos desenvolvido do mundo, segundo a ONU, e tem sido palco de uma guerra civil desde 2013, que foi muito mortífera nos seus primeiros anos, mas tem diminuído de intensidade desde 2018.
No final de 2020, o mais poderoso dos muitos grupos armados que controlavam dois terços do território juntou forças, através da criação do 'Patriots for Change', e lançou uma ofensiva contra Bangui para derrubar o Presidente Touadéra, que por seu turno apelou a Moscovo para reforçar o seu exército enfraquecido.
Centenas de paramilitares russos - "mercenários" da empresa privada de segurança Wagner, segundo a ONU - juntaram-se então a várias centenas de outros já presentes desde 2018 e tornaram possível expulsar os grupos armados de uma grande parte dos territórios por eles controlados.
A ONU acusa regularmente os russos, os soldados da África Central e os rebeldes de cometerem crimes e abusos contra civis.
Leia Também: Oceanos: Cerca de 500 pessoas iniciaram Marcha Azul pelo Clima em Lisboa