"Somos solidários com o povo de Hong Kong e reforçamos os seus apelos para que as suas liberdades prometidas sejam restabelecidas", adiantou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, citado em comunicado.
De acordo com Antony Blinken, é "evidente que as autoridades de Hong Kong e Pequim não consideram mais a participação democrática, as liberdades fundamentais e uma imprensa independente" no quadro da visão 'Um país, Dois Sistemas'.
O chefe da diplomacia norte-americana recordou que Pequim preparou "terreno para uma erosão da autonomia e desmantelamento dos direitos e liberdades dos residentes de Hong Kong" desde os protestos ocorridos em 2019, quando milhões de pessoas se manifestaram contra a "controversa lei de extradição".
"Os líderes de Hong Kong invadiram órgãos de comunicação social independentes, encerraram museus e removeram obras de arte públicas, enfraqueceram instituições democráticas, adiaram eleições, impediram vigílias, desqualificaram congressistas em exercício e instituíram juramentos de lealdade", observou.
Na ocasião, as autoridades devirão opositores, como muitos presos durante mais de um ano.
"Funcionários do Governo disseminaram a desinformação de os protestos de base foram obra de atores estrangeiros. Fizeram tudo isso num esforço para privar os habitantes de Hong Kong daquilo que lhes foi prometido", acrescentou.
Na sexta-feira, é comemorado o 25.º aniversário da entrega de Hong Kong à China, tratando-se da metade do caminho da autonomia prometida no quadro 'Um País, Dois Sistemas'.
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