Segundo denunciou o ministro da Energia, Néstor Reverol, o ato de sabotagem foi registado na noite de sexta-feira.
"Queremos denunciar, mais uma vez, que a guerra elétrica contra o povo da Venezuela continua. Este vil e brutal ato de sabotagem contra o sistema elétrico nacional", disse o ministro, em declarações ao canal estatal Venezolana de Televisión (VTV).
O ministro assegurou que as equipas que trataram do acidente apuraram que a explosão foi consequência de um impacto de bala no equipamento que ocorreu "intencionalmente".
"Pensávamos que era uma falha causada por alguma fadiga do equipamento, mas percebemos que esse equipamento teve um impacto de bala que causou uma explosão catastrófica no sistema" que deixou várias áreas de Caracas sem energia elétrica, disse.
Reverol acrescentou que as autoridades já estão a investigar para apurar responsabilidades.
Além disso, mantêm-se "medidas ativas e passivas" para garantir a segurança da estação afetada, que é "uma das mais importantes da região da capital", disse.
Em 25 de março, o Governo venezuelano "neutralizou" outra tentativa de "sabotagem" do sistema elétrico, desta vez, no estado fronteiriço de Zulia, no oeste do país, durante uma operação em que um homem morreu, após um grupo de "indivíduos armados" terem tentado entrar no complexo elétrico.
Reverol informou então que naquela manhã um grupo de "sujeitos armados" tentou "afetar" a máquina sete da Termozulia (central elétrica), onde os operacionais de segurança atuaram "efetivamente e conseguiram impedir este novo ataque".
Desde 2011, quando o então Presidente Hugo Chávez decretou uma "emergência elétrica", a Venezuela - país que conta com uma significativa comunidade de portugueses e de lusodescendentes - passou por várias falhas nacionais, sendo a mais importante delas em 2019, quando o país passou por um apagão nacional que durou quase uma semana.
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