Comité das Regiões quer união em torno da reconstrução da Ucrânia

O presidente do Comité das Regiões (CdR) europeu, Vasco Cordeiro, disse hoje à agência Lusa que a responsabilidade da instituição é de "reunir todas as cidades e regiões europeias" em torno da reconstrução da Ucrânia.

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Lusa
04/07/2022 13:47 ‧ 04/07/2022 por Lusa

Mundo

Vasco Cordeiro

 

Falando a propósito da Conferência de Lugano, dedicada à reconstrução da Ucrânia e a decorrer na Suíça, Cordeiro referiu que as cidades e regiões ucranianas precisam de ajuda imediata para "reconstruir escolas, infraestruturas e serviços".

"A nossa responsabilidade enquanto Comité das Regiões é reunir todas as cidades e regiões europeias em torno deste objetivo", adiantou, sublinhando que "a Conferência de Lugano para a Recuperação demonstra que a escala de reconstrução é extensa".

O objetivo de responder aos apelos de Kiev para haver parcerias a nível regional levou o CdR a lançar a Aliança Europeia dos Municípios e Regiões para a Reconstrução da Ucrânia para ajudar também no desenvolvimento económico e promover a geminação de cidades e regiões entre a Ucrânia e a União Europeia.

Aliados da Ucrânia, instituições internacionais e setor privado reúnem-se a partir de hoje na Suíça com o objetivo de elaborar um "plano Marshall" para a reconstrução do país, em parte destruído na sequência da ofensiva russa.

A designada Conferência de Lugano, que vai decorrer até terça-feira, contará com a participação de pelo menos 38 países, incluindo Portugal - que está representado pelo ministro da Educação, João Costa. A própria Ucrânia conta com uma expressiva comitiva liderada pelo primeiro-ministro, Denys Schmygal.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, faz uma intervenção por videoconferência, no início dos trabalhos.

Espera-se que a iniciativa forneça a Kiev, que tem uma urgente necessidade de financiamento, a ocasião de partilhar o seu plano de relançamento e de discutir com todas as partes a melhor forma de abordar os futuros desafios.

A conferência deverá ser marcada por uma declaração comum que estabelecerá as "prioridades, método e princípios" deste projeto de recuperação.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar contra a Ucrânia que foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que adotou sanções contra Moscovo.

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