O painel já intimou o ex-conselheiro da Casa Branca Pat Cipollone, cujos investigadores têm esperança que se apresente na quarta-feira para depor, e referiu que também iria receber pormenores de membros dos serviços secretos que estiveram com Trump no dia 06 de janeiro de 2021.
O congressista republicano Adam Kinzinger (Illinois) citou o testemunho de Hutchinson, dizendo que Trump se queria juntar à multidão que marchou até ao Capitólio.
"Todos os dias recebemos pessoas que se apresentam e dizem: Não achei que essa parte da história que eu sei fosse importante. Haverá muitas mais informações, fiquem atentos", disse Adam Kinzinger no domingo.
A comissão está a intensificar a sua investigação nos últimos meses.
As próximas audiências vão ter como objetivo mostrar como Trump encaminhou ilegalmente uma multidão violenta em direção à casa da democracia norte-americana e depois falhou em tomar medidas rápidas para impedir o ataque.
No fim de semana, a congressista republicana Liz Cheney (Wyoming), vice-presidente da comissão, disse que processos criminais poderiam ser encaminhados ao Departamento de Justiça, inclusive contra o antigo chefe de Estado.
A comissão está também a verificar novos documentos dos últimos meses de Trump na Casa Branca, incluindo entrevistas do republicano e de membros da sua família.
Adam Kinzinger, numa entrevista televisiva, recusou-se a divulgar novas informações.
"Há informações que ainda não posso dizer. Cassady Hutchinson testemunhou sob juramento, nós considerámo-la credível, e qualquer pessoa que queira desmerecer isso, que esteve presente em primeira mão, também deve testemunhar sob juramento e não através de anonimato", disse.
Noutra entrevista, outro membro da comissão, o congressista democrata Adam Schiff (Califórnia) disse que o painel estava "a seguir pistas adicionais".
"Acho que essas pistas vão levar a um novo testemunho", afirmou.
No seu depoimento, Hutchinson pintou a imagem de Trump como um chefe de Estado irritado e desafiador que estava a tentar que os seus apoiantes armados evitassem o controlo de segurança num comício na manhã de 06 de janeiro de 2021, para protestar a sua derrota nas eleições presidenciais de 2020 para o democrata Joe Biden.
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