"Vemos consistentemente que é o Governo chinês que representa a maior ameaça de longo prazo à nossa segurança económica e nacional, e por 'nosso' quero dizer as nossas duas nações, em conjunto com os nossos aliados na Europa e noutros lugares", disse o diretor do FBI, Christopher Wray.
Wray falava na sede do MI5 em Londres e ao lado do diretor-geral da agência britânica, Ken McCallum, numa demonstração de solidariedade ocidental.
McCallum observou que o Governo chinês e a sua "pressão secreta em todo o mundo" representam "o desafio mais revolucionário" que enfrentam.
"Isto pode parecer abstrato. Mas é real e é urgente. Precisamos de conversar sobre isto. Precisamos de agir", disse.
O porta-voz da Embaixada chinesa em Washington Liu Pengyu rejeitou os argumentos dos líderes ocidentais, dizendo num comunicado enviado à agência de notícias AP que a China "opõe-se e combate firmemente todas as formas de ataques cibernéticos" e considera as acusações infundadas.
"Nunca encorajaremos, apoiaremos ou toleraremos ataques cibernéticos", lê-se no comunicado.
Observando as tensões entre China e Taiwan, Wray aproveitou para dizer que qualquer aquisição forçada de Taipé por Pequim "representaria umas das mais horríveis interrupções nos negócios que o mundo já viu".
Na semana passada, a responsável pela inteligência dos Estados Unidos, Avril Haines, disse que não havia indicações de que o Presidente chinês, Xi Jinping, estava prestes a tomar Taiwan através da força militar.
No entanto, Wray disse que deixaria para outros responsáveis a questão de uma invasão de Taiwan após o conflito russo-ucraniano.
O líder do FBI indicou haver sinais de que os chineses, tirando lições da experiência da Rússia, procuraram formas de "isolar a sua economia" contra possíveis sanções.
O chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, disse em maio que os Estados Unidos iriam responder militarmente se China invadisse Taiwan, com uma das declarações mais contundentes da Casa Branca em apoio ao governo de Taipé em décadas.
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