Segundo três fontes citadas pela agência Associated Press, Biden irá ordenar ao Departamento de Justiça e ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos que revertam esforços para limitar a capacidade das mulheres de aceder a medicamentos abortivos aprovados pelo governo federal ou de viajar para realizar um aborto num outro estado.
A ordem executiva daria aos dois departamentos luz verde para lutar nos tribunais para proteger mulheres acusadas de violar proibições ao aborto, já implementadas em 21 dos 50 estados norte-americanos.
A ordem executiva de Biden irá também dirigir as agências do governo para que aconselhem empresas médicas e seguradoras sobre como e quando eles devem partilhar informações privilegiadas de pacientes com as autoridades, num esforço para proteger as mulheres que procurem ou utilizem serviços de aborto.
O Presidente norte-americano irá ainda pedir à Comissão Federal de Comércio que tome medidas para proteger a privacidade dos cibernautas que procurem na Internet informações sobre saúde reprodutiva.
O Presidente norte-americano já havia criticado noutras ocasiões a decisão do Supremo Tribunal de eliminar a proteção constitucional ao aborto, em vigor há quase 50 anos, chegando a defender a eliminação da regra de obstrução no Senado para aprovar uma lei que protege o aborto.
Um acórdão do Supremo Tribunal norte-americano revogou, em 24 de junho, a proteção garantida a nível nacional do direito ao aborto, o que permite a cada estado proibir ou permitir a interrupção voluntária da gravidez.
O aborto foi já proibido ou restringido severamente em 21 estados.
A organização Planned Parenthood, que gere a maior rede de clínicas de saúde reprodutiva dos EUA, estima que 26 estados vão acabar por proibir o direito ao aborto em dias, semanas ou meses.
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