"Não há nenhum plano 'coletivo do ocidente'. Apenas há um exército Z que entrou na Ucrânia soberana, bombardeando cidades e matando civis. Tudo o resto é propaganda primitiva", disse Mikhail Podolyak, conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na rede social Twitter.
"O mantra do Sr. Putin da 'guerra até ao último ucraniano' é mais uma prova do genocídio deliberado por parte da Rússia", acrescentou Podolyak.
Putin advertiu na quinta-feira que as suas tropas ainda nem começaram "nada de sério" na Ucrânia, país que invadiram em 24 de fevereiro.
"Hoje, ouvimos dizer que nos querem derrotar no campo de batalha. O que é que podemos dizer? Que tentem", disse o Presidente russo, citado pelas agências espanhola EFE e francesa AFP.
"Ouvimos dizer muitas vezes que o Ocidente quer lutar contra nós até ao último ucraniano. Isto é uma tragédia para o povo ucraniano, mas parece que tudo aponta para isso", afirmou, numa reunião com os líderes da câmara baixa do parlamento (Duma) no Kremlin (Presidência) transmitida pela televisão.
O líder russo não anunciou uma expansão da operação militar ou outras iniciativas concretas, referindo que as tropas russas estão concentradas na região do Donbass, no leste da Ucrânia.
Também não fechou a porta a negociações de paz, mas avisou que "quanto mais tempo passar, mais complicado será chegar a um acordo" com Moscovo.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou perto de 5.000 civis, segundo dados da ONU, que sublinha que os números reais podem ser muito superiores. A guerra obrigou ainda à fuga para o estrangeiro de mais de sete milhões de pessoas.
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