Conselho de Segurança homenageia Eduardo dos Santos e Shinzo Abe

O Conselho de Segurança da ONU fez hoje um minuto de silêncio em memória do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos e do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, que morreram hoje.

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Lusa
08/07/2022 23:23 ‧ 08/07/2022 por Lusa

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Embaixadores dos 15 países levantaram-se para prestar homenagem aos dois ex-líderes no início de uma reunião convocada para votar uma resolução sobre a Síria.

"Em nome do Conselho de Segurança, quero expressar a nossa tristeza e choque pelo assassínio sem sentido do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe", disse o atual presidente o órgão, o brasileiro Ronaldo Costa Filho, na abertura da sessão.

O diplomata lamentou ainda a morte de José Eduardo dos Santos e transmitiu condolências em nome do Conselho de Segurança às famílias dos dois políticos.

Shinzo Abe, que governou o Japão entre 2006 e 2007 e depois entre 2012 e 2020, foi vítima de vários tiros enquanto discursava hoje numa rua de Narra (oeste do país) antes das eleições parlamentares que se realizam no domingo.

O detido pelo ataque, Yamagami Tetsuya, é um desempregado de 41 anos e antigo membro das Autodefesas Marítimas (Exército), que estava "insatisfeito" com o ex-primeiro-ministro, segundo fontes da polícia.

O agressor teria usado uma arma caseira, com a qual baleou o político de 67 anos.

Entretanto, José Eduardo dos Santos morreu hoje aos 79 anos numa clínica em Barcelona, Espanha, após semanas de internamento, anunciou hoje a presidência angolana, que decretou cinco dias de luto nacional e que posteriormente aumentou para sete.

José Eduardo dos Santos sucedeu a Agostinho Neto como Presidente de Angola em 1979 e deixou o cargo em 2017, cumprindo uma das mais longas presidências no mundo, marcada por acusações de corrupção e nepotismo.

Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.

Leia Também: Presidente de Angola aumenta período de luto nacional para sete dias

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