Os Estados Unidos, que intensificam a ajuda militar a Kyiv, pediram à China que condene a "agressão russa" na Ucrânia, na mesma altura em que o Reino Unido recebe um primeiro grupo de soldados ucranianos para ações de treino.
"Os olhos de todos os movimentos e regimes políticos agressivos do mundo dirigem-se para o que a Rússia está a fazer connosco", escreveu o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na rede social Instagram, quando o Departamento de Estado norte-americano pediu, de novo, à China uma condenação formal da invasão ucraniana.
"Será que o mundo é capaz de levar à justiça os verdadeiros criminosos de guerra?", perguntou Zelensky, que alertou para o risco de "centenas de outros ataques" por parte das forças russas.
No leste, como no sul do país, as sirenes de alarme soaram a noite toda e moradores da pequena cidade de Druzhkivka, a sul de Kramatorsk (leste), foram despertados por um ataque com mísseis que deixou uma enorme cratera em frente a um supermercado danificado.
As forças russas, que anunciaram no início de julho que tinham assumido o controlo da região de Lugansk, estão agora a intensificar os ataques na região de Donetsk, procurando ocupar toda a região do Donbass, parcialmente controlada desde 2014 por separatistas apoiados por Moscovo após a anexação da península da Crimeia.
O estado-maior ucraniano relatou hoje bombardeamentos russos no leste e em Kharkiv (nordeste), mas nenhuma ofensiva terrestre.
O Exército russo garante ter infligido danos significativos em equipamentos ucranianos nas regiões de Mykolaiv e Dnipropetrovsk.
Num comunicado, o Ministério da Defesa da Rússia também reivindica ataques nas regiões de Donetsk e Kharkiv, onde seis civis ficaram feridos, de acordo com a procuradora local ucraniana.
O governador da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, confirmou que "toda a linha da frente está sob bombardeamentos incessantes", tendo relatado a morte de cinco civis nas últimas 24 horas.
O governador de Lugansk, Sergiy Gaidai, disse hoje que as forças russas estão a atacar a região de Donetsk, a partir das suas bases na região de Lugansk, onde "não há ocupação total" e que a resistência ucraniana "continua a lutar".
Os governadores de Kharkiv e de Donetsk acusaram as forças russas de provocar incêndios, principalmente nos campos agrícolas, com os bombardeamentos, que estão a destruir as plantações.
No sul, a polícia da região de Kherson anunciou a abertura de um processo judicial, após a destruição de plantações pelas forças russas.
Na região de Mykolaiv, onde parte do território está ocupada pelas forças russas desde os primeiros dias da guerra, as autoridades relataram explosões durante a noite e pediram à população que ficasse nos abrigos.
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