"No que diz respeito aos fluxos de refugiados, a situação agora é estável. O número de passagens na fronteira entre a UE e a Ucrânia está ao mesmo nível que antes da guerra e da (pandemia da) covid-19", disse Johansson à chegada a capital checa, onde se realiza hoje uma reunião informal dos ministros do Interior dos 27.
A comissária explicou que, neste momento, o número de entradas e saídas entre a UE e a Ucrânia é quase o mesmo.
"Acho que muitas pessoas (ucranianas) tomarão uma decisão (sobre voltar) antes do início das aulas (no outono)", disse Johansson aos jornalistas.
Por outro lado, o ministro do Interior da República Checa, Vit Rakusan, cujo governo preside à União Europeia (UE) este semestre, disse hoje que ainda não está claro se o número de refugiados de guerra voltará a aumentar nas próximas semanas.
"Todos esperamos que a situação melhore, mas ainda não vemos o fim da guerra. Temos que estar preparados para novas ondas", disse o ministro do Interior checo.
Rakusan sublinhou, a propósito, que alguns países da UE acolheram tantos refugiados que já estão no limite das suas capacidades, o que exige conversações a nível europeu sobre mais solidariedade e ajuda financeira.
De acordo com a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), entre o início da guerra - em 24 de fevereiro - e o final de junho, mais de seis milhões de pessoas da Ucrânia, principalmente mulheres e menores, mudaram-se para a UE, enquanto cerca de 3,1 milhões retornaram ao seu país.
A maioria dos refugiados foi acolhida pela Polónia (1,2 milhões), Alemanha (670.000) e República Checa (388.000), segundo dados recentes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
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