Rússia avança em Donetsk e poderá estar a recrutar em prisões russas

Relatório britânico detalha que a escassez de pessoal das forças armadas russas pode estar a forçar Moscovo a recorrer a pessoal de prisões russas para o grupo Wagner - empresa considerada com ligações ao presidente russo Vladimir Putin.

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Notícias ao Minuto
12/07/2022 08:18 ‧ 12/07/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

As tropas russas continuam a fazer pequenos ganhos territoriais em Donetsk depois de alegarem ter tomado o controle da cidade de Hryhorivka.

Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, as forças russas mantêm o ataque ao longo da principal rota de abastecimento do E-40 (hidrovia E-40 é uma rota de transporte navegável que liga o Mar Báltico e o Mar Negro) em direção às cidades de Slovyansk e Kramatorsk.

O relatório de inteligência britânico aponta ainda que os russos poderão estar a reagrupar e a construir novas ofensivas para um futuro próximo. O documento detalha ainda que a escassez de pessoal das forças armadas russas pode estar a forçar Moscovo a recorrer ao recrutamento não tradicional, onde se inclui pessoal de prisões russas para o grupo Wagner, uma empresa paramilitar com alegadas ligações ao presidente russo Vladimir Putin.

“Se for verdade, este movimento provavelmente indica dificuldades em substituir o número significativo de baixas russas”, aponta o Ministério da Defesa do Reino Unido.

O grupo russo Wagner, que é financiado por Yevgeny Prigozhin, um amigo de Putin, tem mais de 2.000 homens na RCA, divididos entre Bangui, Berengo e a parte interior do país. Segundo a revista African Report, muitos dos mercenários experientes da Wagner começaram as suas 'carreiras' no Donbass, Ucrânia.

O líder operacional do grupo e número dois do Prigozhin, Dmitry Utkin, lutou no Donbass. Este autoproclamado neonazi terá comandado unidades mercenárias, em finais de 2014 e princípios de 2015, sob a bandeira do 'Corpo Eslavo', o antecessor não oficial da Wagner.

Refira-se que a generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia por ter iniciado a guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 139.º dia.

A União Europeia e vários países ocidentais têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia e fornecido armas à Ucrânia.

Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será consideravelmente elevado.

Leia Também: Ucrânia: Sete mortos e 60 feridos em ataque ucraniano em Kherson

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