O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou que usaria a força como "último recurso" para impedir o Irão de obter armas nucleares no início da sua viagem ao Médio Oriente, esta quarta-feira.
Numa entrevista ao Canal 12 da televisão de Israel gravada ainda em Washington, Biden revela também que manteria a Guarda Revolucionária Islâmica do Irão (IRGC) na lista de Organizações Terroristas Estrangeiras (FTO) dos EUA, mesmo que isso matasse o acordo nuclear iraniano de 2015.
Questionado se as suas declarações anteriores de que impediria o governo iraniano de obter uma arma nuclear significavam que ele usaria a força contra o Irão, Biden respondeu: "Se esse fosse o último recurso, sim".
Recorda-se que o país nega qualquer procura de armas nucleares, com o argumento que o seu programa nuclear é para fins exclusivamente pacíficos.
Segundo um acordo elaborado em 2015 o país limitou o seu programa nuclear para dificultar a obtenção de uma arma em troca do alívio das sanções económicas.
O antigo presidente dos EUA, Donald Trump, revogou o acordo em 2018 e reimpôs duras sanções ao Irão, levando o governo iraniano a começar a violar os limites nucleares do acordo cerca de um ano depois. Os esforços para repor o acordo até agora falharam.
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