O rasto de destruição em Vinnytsia após o ataque das forças russas

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Notícias ao Minuto
15/07/2022 08:49 ‧ 15/07/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Pelo menos 23 pessoas morreram, entre elas três crianças, e outras 117 ficaram feridas na sequência de um ataque por parte das forças russas em Vinnytsia, cidade localizada a sudoeste de Kyiv. Segundo o Serviço de Emergência da Ucrânia, 71 pessoas foram hospitalizadas e, pelo menos, 18 continuam desaparecidas.

Imagens do local mostram o rasto de destruição deixado pelo exército russo, num ataque condenado não só pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como também pelos organismos internacionais.

"A Rússia acabou com a vida de civis exatamente no momento em que uma conferência sobre crimes de guerra russos estava a decorrer nos Países Baixos, em Haia", apontou o chefe de Estado no seu habitual discurso noturno à nação, divulgado nas redes sociais.

Acusando a Rússia de ser a maior ameaça terrorista do mundo, que “destrói cidades pacíficas e vidas humanas com misseis de cruzeiro e artilharia todos os dias”, Zelensky realçou ainda que “nenhuma outra organização teve a audácia de matar novamente quando a comunidade internacional estava a discutir crimes anteriores”. Mostrou, nessa linha, a “sua atitude em relação ao direito internacional, à Europa e a todo o mundo civilizado".

“Depois disto, ninguém pode ter dúvidas de que um tribunal especial para julgar a agressão russa contra a Ucrânia é necessário o mais depressa possível”, rematou.

Inicialmente, Zelensky partilhou um vídeo do momento, acusando a Rússia de ser um “país assassino”, que “todos os dias ataca civis, mata crianças ucranianas, lança mísseis contra alvos civis, onde não há nada de militar”.

“O que é isto senão um ato de terrorismo aberto? Desumanos. País assassino. País terrorista”, lançou.

Também o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, se manifestou "chocado" com este ataque russo, condenando “todos os ataques contra civis ou infraestruturas civis”.

Por sua vez, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrel, e o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, assinalaram, através de um comunicado da Comissão Europeia, que o exército russo está a deixar "um rasto de sangue na Ucrânia" e que milhares de civis "já foram mortos".

Recorde-se que, segundo as autoridades ucranianas, os mísseis que atingiram edifícios civis em naquela cidade, incluindo um edifício de escritórios e um residencial, foram disparados de um submarino russo no mar Negro.

As defesas aéreas ucranianas conseguiram, ainda assim, destruir dois dos quatro mísseis lançados, de acordo com o governador da região, Serhiy Borzov.

Leia Também: AO MINUTO: Letónia proibirá gás russo; Vinnytsia? "Audácia de matar"

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