O governo ucraniano pediu na terça-feira a Washington mais destes múltiplos lança-foguetes, que, segundo Kyiv, já permitiram destruir cerca de 30 centros de comando e depósitos de arma russos até agora.
Lloyd Austin assegurou que os EUA vão entregar "quatro sistemas adicionais (...) Himars, elevando o total para 16".
"Os ucranianos fizeram um excelente uso dos Himars e é possível ver o impacto no terreno", realçou o secretário de Estado norte-americano.
"A Rússia continua a bombardear implacavelmente. É uma tática cruel que lembra os horrores da Primeira Guerra Mundial. Portanto, a Ucrânia precisa de poder de fogo e munições para resistir a este dilúvio e responder", acrescentou.
Os Estados Unidos vão também enviar munições GMLRS adicionais, que podem atingir alvos a até 80 quilómetros de distância.
Na terça-feira, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, pediu ao Ocidente que forneça urgentemente mais sistemas de artilharia de precisão, estimando que a Ucrânia precise de "pelo menos 100" Himars para uma contraofensiva eficaz.
Reznikov também pediu a entrega de sistemas com maior alcance - entre 100 e 150 quilómetros - para afastar as tropas russas do seu sistema de apoio.
Questionado esta quarta-feira sobre munições de longo alcance, Lloyd Austin defendeu que o que Kyiv possui atualmente dá "muita capacidade".
A administração do Presidente Joe Biden tem recusado até agora a fornecer este tipo de armas, por temer que a Ucrânia pudesse usá-las para atingir alvos dentro do território russo, o que potencialmente pode levar os países ocidentais a um confronto direto com Moscovo.
Na terça-feira o governo francês referiu que os seis canhões Caesar adicionais prometidos pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, em meados de junho, estão a caminho da Ucrânia.
Até agora, já foram entregues 12 destes canhões Caesar e seis outros estão agora a caminho da Ucrânia, disse Colonna perante o Comité de Relações Exteriores, Defesa e Forças Armadas do Senado em Paris.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, Paris entregou a Kyiv, além de canhões Caesar, mísseis antitanque Milan e mísseis antiaéreos Mistral.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de cinco mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,7 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Também segundo as Nações Unidas, 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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