As autoridades norte-americanas registaram, pela primeira vez em quase 10 anos, um caso de pólio, revelou, esta quinta-feira, o Departamento de Saúde do estado de Nova Iorque.
O caso foi detetado num paciente do condado de Rockland e as autoridades de saúde “estão a aconselhar os médicos e os prestadores de cuidados de saúde a estarem vigilantes para casos adicionais”.
Os Estados Unidos da América (EUA) declaram-se oficialmente “livres” da poliomielite em 1979 e só voltaram a registar um novo caso em 2013.
Segundo um comunicado do Departamento de Saúde, o caso pode ter tido origem no estrangeiro, uma vez que doente recebeu a vacina oral contra a poliomielite, que não está autorizada nem é administrada nos EUA.
Today NYSDOH notified NYers of a case of polio in Rockland County, identified through sequencing at Wadsworth, confirmed by @CDCgov. Working with @rockhealth & @nychealthy, we will continue to investigate, respond, & protect communities through vaccine clinics @rockhealth. ⬇️
— NYSDOH (@HealthNYGov) July 21, 2022
“Muitos de vós podem ser demasiado jovens para se lembrarem da poliomielite, mas quando eu era mais jovem, esta doença espalhou o medo nas famílias, incluindo a minha”, disse Ed Day, executivo do condado de Rockland, citado na nota. “O facto de a poliomielite ainda existir décadas após a criação da vacina, mostra como é implacável”.
Apesar de existir vacina contra o vírus, a deteção do caso suscita preocupações nos EUA por ser um dos mais de 100 países que não atinge os limiares de cobertura recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para controlar um potencial surto. Segundo a OMS, 95% das crianças devem receber a vacina até aos dois anos e a taxa de vacinação nos EUA é de 93%.
A poliomielite é uma doença infecciosa sem cura que afeta sobretudo as crianças com menos de cinco anos e que só pode ser prevenida com a vacina. Nalguns casos, pode provocar paralisia de membros.
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