Ucrânia. Zelensky demite 'número dois' do Conselho de Segurança e Defesa

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, demitiu hoje o "número dois" do Conselho de Segurança e Defesa Nacional do país, Mijailovich Demchenko, uma semana depois de ter afastado o chefe do Serviço de Segurança e a procuradora-geral.

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Lusa
25/07/2022 12:18 ‧ 25/07/2022 por Lusa

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Ucrânia

 

O decreto de demissão do primeiro vice-secretário do Conselho foi hoje publicado pela presidência ucraniana e a página de internet daquela entidade já não inclui informações sobre Demchenko, que foi nomeado para o cargo em 16 de junho de 2020.

Na semana passada, Zelensky anunciou a demissão do chefe do Serviço de Segurança (SBU), Ivan Bakanov, dos chefes desta entidade em cinco regiões e de outros 28 funcionários, além de ter destituído a procuradora-geral, Irina Venediktova.

Zelensky tenta assim "limpar" as entidades governamentais face à possível presença russa, já que dezenas de trabalhadores da procuradoria-geral e dos serviços de segurança permaneceram em territórios ocupados por militares russas e são acusados de colaborar com Moscovo.

As demissões da semana passada foram todas ratificadas pelo parlamento, já que, de acordo com a Constituição ucraniana, o Presidente não tem poder para os destituir dos seus cargos.

A decisão de Zelensky representou a maior remodelação do seu Governo desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, e foi explicada pelo Presidente ucraniano com a deteção de ligações entre as forças de segurança ucranianas e os serviços especiais da Rússia, o que "constituiu um crime contra os fundamentos da segurança nacional".

Segundo a imprensa local, Zelensky assegurou que "foram registados 651 processos criminais por alta traição e colaboração entre funcionários de procuradores, órgãos de investigação e outros órgãos encarregados de fazer cumprir a lei".

Iryna Venediktova, procuradora-geral desde março de 2020 que estava encarregue de investigar os crimes de guerra da Rússia no país, foi repetidamente criticada pela sua suposta incapacidade de processar casos de alto nível.

Leia Também: Ucrânia. Demissões na 'secreta' e PGR indicam "centralização política"

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