Gás russo? Medvedev acusa UE de "arrogância, infantilidade e estupidez"

Na ótica do ex-presidente russo, os líderes europeus “lembraram-se” agora que “ninguém cancelou o inverno e que alternativas ao gás, petróleo e carvão são caras ou simplesmente irrealistas”.

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Márcia Guímaro Rodrigues
26/07/2022 10:07 ‧ 26/07/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

O antigo presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, acusou a União Europeia (UE) de ter uma política em relação à Rússia que é um “cocktail repugnante arrogância, infantilidade adolescente e estupidez primitiva”.

“Primeiro, eles [europeus] anunciaram a sua intenção de punir severamente a Rússia pelo seu desejo de proteger as pessoas que sofrem e garantir os seus interesses de longo prazo”, começou por afirmar o político, acrescentando que a UE decidiu “despedaçar a economia russa”. 

“Não importa que a Europa tenha uma grande indústria, uma agricultura desenvolvida e que os cidadãos da União Europeia queiram viver nas suas casas quentes. O principal é deixar os russos sofrerem”, acusou numa publicação na plataforma Telegram. 

As críticas de Medvedev surgem no mesmo dia em que os ministros da Energia do bloco europeu vão ter um consenso sobre a meta de reduzir 15% do consumo de gás até à primavera. Sublinhe-se que a UE importa 90% do gás que consome, cerca de metade do qual oriundo da Rússia. 

Na ótica do ex-presidente russo, os líderes europeus “lembraram-se” agora que “ninguém cancelou o inverno e que alternativas ao gás, petróleo e carvão são caras ou simplesmente irrealistas”. Com a aproximação do inverno, a UE “percebeu como é difícil sentar-se em três cadeiras”: como ajudar a Ucrânia, prejudicar a Rússia, mas salvaguardar os interesses da economia e do povo europeu.

Assinala-se, esta terça-feira, o 153.º dia de guerra. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 5.024 civis morreram e 6.520 ficaram feridos no conflito.

Leia Também: AO MINUTO: Novos ataques russos; Kuleba pede fim da dependência europeia

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