O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) vai encerrar uma clínica de identidade de género para crianças e jovens no Tavistock & Portman NHS Foundation Trust, em Londres, para expandir este serviço.
O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo NHS que informou que a decisão foi tomada em prol da criação de dois novos serviços geridos por hospitais especializados em crianças até à primavera de 2023.
Esta iniciativa tem por base as recomendações da Doutora Hilary Cass que está a liderar uma revisão independente dos Serviços de Identidade de Género para crianças e jovens, avança a Sky News.
A médica esclareceu que o Reino Unido deve "afastar-se de um modelo de fornecedor único e, em vez disso, estabelecer serviços regionais para satisfazer melhor as necessidades dos pacientes", defendendo que "tornou-se cada vez mais claro que um único modelo de fornecedor especializado não é uma opção segura ou viável a longo prazo, tendo em conta as preocupações sobre a falta de revisão e a capacidade de responder à procura crescente".
Um serviço, com sede em Londres, será liderado pelo Great Ormond Street Hospital e Evelina London Children's Hospital, com o South London and Maudsley NHS Foundation Trust a prestar apoio especializado na área da saúde mental.
Um segundo serviço no Noroeste será dirigido pelo Alder Hey Children's NHS Foundation Trust e pelo Royal Manchester Children's Hospital, com os dois a prestarem serviços especializados também na saúde mental das crianças.
Ambos assumirão a responsabilidade clínica e a gestão de todos os doentes que utilizam o Serviço de Desenvolvimento da Identidade de Género (GIDS), incluindo os que se encontram em lista de espera.
Uma porta-voz do Serviço de Desenvolvimento da Identidade de Género do Tavistock & Portman NHS Foundation Trust afirmou: "O Trust apoia a necessidade de estabelecer um modelo mais sustentável para o cuidado deste grupo de pacientes, dado o crescimento acentuado das consultas".
O Trust, que dirige clínicas em Londres, Leeds e Bristol, em Inglaterra, fornece tratamento hormonal a cerca de 200 das milhares de crianças que trata todos os anos. Na última década, os pedidos aumentaram acentuadamente, registando-se mais de cinco mil.
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