Numa altura em que Donald Trump se preparar para assumir a presidência dos Estados Unidos - e promete 'mexer' com o mundo - há alguém que parece não estar a esconder o seu descontentamento: Michelle Obama.
A ausência da antiga primeira dama no funeral de Jimmy Carter fez nascer os rumores de que a esposa de Barack Obama poderia estar doente, algo que o Google prova. Segundo foi apontado pela New York Magazine, dispararam as pesquisas pela resposta a "Michelle Obama está doente".
Segundo a revista norte-americana, não é 100% certo de que não se passe algo, mas tal como têm apontado algumas publicações, em causa pode estar apenas o facto de a antiga primeira-dama não gostar de Trump - e estara evitar contactar com ele. "Michelle Obama não está doente. Ela apenas odeia Trump", lê-se num artigo publicado na quarta-feira pela New York Magazine.
Tal como foi possível ver no funeral antigo presidente dos EUA Jimmy Carter, Obama e Trump sentaram-se juntos - o que, na eventualidade de Michelle estar presente, daria uma 'bela' foto na qual, provavelmente, Michelle poderia mostrar o seu descontentamento, como já aconteceu.
Recorde-se que o desconforto de Michelle Obama já foi captado antes, quando este tomou posse pela primeira vez. A foto abaixo é prova disso, e o momento tornou-se viral. "Somos todos Michelle Obama hoje", escrevia um utilizador a 20 de janeiro de 2017, quando Donald Trump tomou posse.
We are all Michelle Obama today pic.twitter.com/k8cCYFeTAQ
— Sam Esfandiari (@samesfandiari) January 20, 2017
Na altura, o momento foi mesmo falado no programa The Daily Show, com o apresentador, Trevor Noah, a dar destaque à caracterização, dizendo: "Ao longo do dia [da tomada de posse] a cara de Michelle Obama foi o barómetro para o que os Estados Unidos estavam a sentir".
.@Trevornoah breaks down why @MichelleObama was ALL OF US at today's #Inauguration.#DailyShow pic.twitter.com/XHojPjauAt
— BrooklynDad_Defiant!️ (@mmpadellan) January 21, 2017
No seu livro, 'Becoming', lê-se mesmo: "Sentada no palco da inauguração em frente ao Capitólio dos EUA pela terceira vez, esforcei-me por conter as minhas emoções". Michelle adiantou mesmo que tentou manter a postura imparcial, mas que quando observou o que a rodeava desistiu e "deixou de tentar sorrir".
Já em 2023, também no seu 'podcast' Michelle recordou o momento, dizendo que chegou ao final desse dia de tomada de posse, cuja parte II está marcada para a próxima semana, a "soluçar incontrolavelmente", e explicou: "Muitas pessoas tiraram fotos minhas e disseram: 'Não estavas de bom humor?' Não, não estava! Mas era preciso aguentar como se faz durante oito anos".
'Escapando' à conversa fiada com Trump - se tivesse ido ao funeral de Jimmy Carter, Michelle teria ficado ao lado do presidente-eleito -, a esposa de Obama vai repetir a situação, sem dar explicações formais. A informação não detalhou os motivos, tal como aconteceu com o funeral de Carter, mas lia-se num comunicado oficial da família: "O antigo presidente Barack Obama está confirmado para assistir à 60.ª cerimónia inaugural. A ex-primeira-dama Michelle Obama não estará presente na próxima inauguração".
A tomada de posse acontecerá, conforme estabelece a Constituição, a 20 de janeiro, dia em que o republicano participará em diversos eventos. Mas Trump vai começar este processo já no sábado, com uma cerimónia de receção no seu campo de golfe nos arredores de Washington, com lançamento de fogo-de-artifício - e continua depois do dia 20.
De acordo com o jornal The New York Times, Trump arrecadou mais de 170 milhões de dólares (166,4 milhões de euros) para os seus eventos de tomada de posse, um valor recorde impulsionado por doações de grandes empresas como Amazon e Meta.
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