Aumenta para 40 o número de mortos após explosão num porto no sul do Irão

O número de vítimas da explosão que ocorreu no sábado no porto de Shahid Rajai, no sul do Irão, aumentou para 40 mortos e mais de 1.000 feridos, segundo um novo balanço divulgado hoje pelas autoridades iranianas.

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Lusa
27/04/2025 18:12 ‧ há 7 horas por Lusa

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O Presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, visitou hoje à região afetada pela explosão, perto da cidade de Bandar Abbas, esteve com os feridos e afirmou que é preciso descobrir porque é que este acidente aconteceu no porto de Shahid Rajai.

 

O número de mortos e feridos na sequência da explosão, a que se seguiu um incêndio, tem vindo a ser atualizado, verificando-se um aumento das vítimas mortais, que passou de 28 para 40, segundo os últimos balanços.

Relativamente ao combate ao incêndio, em que a Rússia se disponibilizou para enviar três aviões para ajudar nessa resposta de emergência, as autoridades do Irão indicaram que o fogo se encontra controlado, perspetivando que seja totalmente extinto ainda durante este domingo.

Durante a noite de sábado para domingo, helicópteros e aviões de carga pesada realizaram repetidas missões sobre o porto em chamas, despejando água do mar no local.

No sábado à noite, Masoud Pezeshkian ordenou uma investigação para determinar a causa da explosão no porto de Shahid Rajai.

Inicialmente, as autoridades alfandegárias adiantaram que a explosão foi causada por um incêndio em vários contentores de produtos químicos armazenados numa das docas do porto.

De acordo com uma fonte ligada aos Guardas da Revolução - exército ideológico do país -, citada pelo jornal norte-americano New York Times mas que pediu para não ser identificada por razões de segurança, a explosão foi causada por uma substância utilizada na composição de combustíveis sólidos para mísseis, o perclorato de sódio.

A empresa de segurança privada Ambrey afirmou que o porto recebeu combustível químico para mísseis em março e admitiu que o incêndio possa ter sido "resultado de um manuseamento incorreto de um carregamento de combustível sólido destinado a ser utilizado em mísseis balísticos iranianos".

O Ministério da Defesa iraniano já negou a existência de qualquer carregamento de combustível militar ou para uso militar no porto de Shahid Rajai.

A explosão aconteceu na mesma altura em que Irão e Estados Unidos se reuniram, no sábado, em Omã, para a terceira ronda de negociações sobre o programa nuclear de Teerão, que avança rapidamente.

Embora ninguém no Irão tenha sugerido diretamente que a explosão tenha sido causada por um ataque, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, que liderou as negociações, reconheceu na quarta-feira que "os serviços de segurança estavam em alerta máximo devido a casos passados de tentativas de sabotagem e operações de assassinato concebidas para provocar uma resposta legítima".

A explosão, ouvida a dezenas de quilómetros do local, ocorreu por volta das 12:00 locais (09:30 em Lisboa) de sábado num cais do porto de Shahid Rajai, por onde passam 85% das mercadorias do Irão.

Este porto fica perto da grande cidade costeira de Bandar Abbas, no estreito de Ormuz, por onde transita um quinto da produção mundial de petróleo.

Leia Também: Rússia envia três aviões para ajudar a combater incêndio em porto no Irão

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