Numa nota à imprensa, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos apontou que o canadiano, também conhecido como Abu Ridwan Al-Kanadi, de 39 anos, serviu o EI entre 2013 a 2019, tendo "executado pessoalmente dois soldados sírios em nome do Estado Islâmico".
Mohammed Khalifa terá servido ainda de tradutor na produção de propaganda e narrador em língua inglesa de múltiplos vídeos violentos do grupo, referiu o comunicado.
"Na primavera de 2013, Khalifa viajou para a Síria com a intenção de se tornar num combatente estrangeiro e eventualmente juntar-se ao EI. No início de 2014, foi recrutado para integrar o departamento de comunicação da organização terrorista devido, em parte, aos conhecimentos linguísticos, sendo fluente em inglês e árabe", lê-se ainda na declaração do Departamento de Justiça.
"Os vídeos do grupo jihadista incluem cenas de Khalifa a executar dois soldados sírios em dois vídeos separados", continuou.
Ainda de acordo com o departamento dos EUA, durante o tempo em que o canadiano foi membro do EI, a organização conduziu "uma brutal campanha de tomada de reféns e pedidos de resgate envolvendo jornalistas e trabalhadores humanitários que chegavam à Síria vindos de todo o mundo".
Concretamente, entre 19 de agosto de 2014 e 6 de fevereiro de 2015, o EI matou oito cidadãos americanos, britânicos e japoneses na Síria, salientou o comunicado.
O tradutor foi capturado no nordeste da Síria, em janeiro de 2019, ao atacar uma posição da Forças Democráticas da Síria (FDS), uma milícia curdo-árabe. Sozinho e armado com três granadas e uma AK-47, rendeu-se às FDS, que o entregaram ao FBI.
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