Talibãs dizem que atentado em jogo de críquete fez dois mortos e não 19
Os talibãs disseram hoje que morreram duas pessoas no atentado ocorrido na sexta-feira num estádio de críquete de Cabul, capital do Afeganistão, e não 19, como tinha divulgado a Organização das Nações Unidas.
© Lusa
Mundo ONU
Várias centenas de pessoas assistiram à partida daquela modalidade, que estava a ser jogada pela primeira vez desde que os talibãs tomaram o poder, em agosto.
"Negamos veementes os dados que apontam para 19 mortes, devido à explosão no Estadio Internacional de críquete. São incorretos e quem os deu está muito longe dos factos, afirmou o porta-voz do Ministério da Administração Interna do Governo afegão, Abdul Tekor, citado pela agência Efe.
Este número avançado pelo Governo afegão, um dia depois do atentado, contrasta com o balanço divulgado no Twitter pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que assegurou que a explosão originou, pelo menos, 19 mortos e fez vários feridos.
No entanto, coincide com o balanço feito pelo porta-voz da Polícia de Cabul, Khalid Zadran, que explicou que a explosão se deveu ao lançamento de uma granada contra o público que assistia ao jogo de críquete, originando alguns feridos e dois mortos.
Já o porta-voz do Conselho de Críquet do Afeganistão, Nasseb Khan, fez um balanço deste atentando, divulgando um vídeo onde fala em quatro feridos, acrescentando que os convidados estrangeiros e o resto dos oficiais estavam "seguros".
Por seu turno, a Organização Não Governamental (ONG) italiana Emergency, que trabalha num dos principais hospitais de Cabul, publicou no Twitter que recebeu 13 feridos devido à explosão, tendo doze ficado internados.
O representante especial adjunto do secretário-geral da ONU e Coordenador Humanitário no Afeganistão, Ramiz Alakbarov, que se encontrava no estadio quando ocorreu a explosão, já pediu uma "investigação transparente" para que se encontre os autores deste atentado e para que sejam "levados à justiça".
Desde que os talibãs voltaram ao poder no Afeganistão, a violência no país diminuiu, mas o grupo jihadista Estado islâmico levou a cabo vários atentados à bomba e ataques com armas de fogo nos últimos meses.
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