O vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Xie Feng, convocou Nicholas Burns para protestar formalmente contra a visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, uma viagem que Pequim interpreta como um gesto de apoio à independência da ilha.
Durante a reunião, o embaixador norte-americano defendeu que Pelosi "tem o direito de viajar para Taiwan" e que a sua visita é "consistente" com a política de "uma China" apoiada por Washington desde 1979, disse à agência Efe um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
"Burns também reiterou que os Estados Unidos não vão encenar uma escalada e que quer trabalhar com a China para evitar que isso aconteça. Comprometeu-se também a manter as linhas de comunicação abertas", adiantou a mesma fonte.
De acordo com a agência oficial chinesa Xinhua, o vice-ministro chinês disse ao embaixador que a visita de Pelosi é "uma provocação deliberada" e que esta está a brincar "com o fogo".
"As consequências são extremamente graves. A China não vai ficar sem dar resposta", disse o governante, que sublinhou que os EUA devem ser responsabilizados por "dizerem uma coisa e fazerem outra" em relação ao princípio de "uma China".
Pelosi concluiu hoje a sua visita de menos de 24 horas a Taiwan, uma viagem que, por enquanto, resultou em sanções comerciais e manobras militares em torno da ilha por Pequim.
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