O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitiu a participação de um grande número de instituições na supervisão da organização das eleições e, pela primeira vez em democracia, os militares assinaram para supervisionar a organização das eleições.
A inspeção das urnas eleitorais foi realizada por um grupo de técnicos do Ministério da Defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília.
Os técnicos, vestidos com roupas civis mas usando máscaras com insígnias militares, estudaram o código fonte das urnas numa sala de informática da autoridade eleitoral, na presença de jornalistas.
O Brasil realiza eleições em outubro e Jair Bolsonaro, que aspira a renovar o seu mandato, está a liderar uma campanha para desacreditar as urnas eletrónicas, que têm sido utilizadas no país desde 1996 e não foram até agora objeto de uma única queixa de fraude.
Na sua apresentação aos diplomatas, em julho, o Presidente brasileiro insistiu que as eleições de 2018 "não foram totalmente transparentes", que a investigação do que aconteceu nesse ano "não foi concluída" e que o sistema de votação brasileiro "não é auditável".
Bolsonaro tentou sem sucesso a reintrodução da votação em papel e está também a promover uma contagem paralela dos votos pelos militares, a fim de a contrastar com os dados oficiais da TSE.
Leia Também: Lula solidário com famílias "que sofreram ataques racistas" em Portugal