Depois de ser declarada culpada por tráfico de droga com intenção criminosa, Brittney Griner foi condenada, esta quinta-feira, a nove anos de prisão por um tribunal russo.
A juíza Anna Sotnikova, do tribunal de Jimki, condenou ainda a basquetebolista norte-americana a uma multa de um milhão de rublos, cerca de 15.900 euros.
O tribunal disse que teve em conta o facto de Griner ter-se declarado parcialmente culpada, os seus remorsos pelo ato, estado de saúde e as suas atividades de caridade.
O Ministério Público russo tinha pedido uma pena de prisão de nove anos e meio para a basquetebolista.
Esta quinta-feira, em tribunal, Griner deixou claro que "nunca quis colocar em risco a população russa" ou "infringir" a lei daquele país.
"Cometi um erro", defendeu a norte-americana, duas vezes campeã olímpica (Rio2016 e Tóquio2020) e uma das principais figuras da Liga norte-americana de basquetebol (WNBA).
Entretanto, a defesa da basquetebolista, que tinha pedido a absolvição, já anunciou que vai recorrer da decisão.
"Estamos muito dececionados com o veredito. Como profissionais do direito, acreditamos que o tribunal deve ser justo com todos, independentemente da nacionalidade. O tribunal ignorou completamente todas as evidências da defesa e, mais importante, a confissão de culpa", disseram os advogados, em comunicado.
Recorde-se que Griner, que representa alternadamente a equipa norte-americana Phoenix Mercury e a russa Ecaterimburgo, conforme o calendário dos campeonatos, foi detida em 17 de fevereiro, num aeroporto em Moscovo, após terem sido detetados óleos canabinóides, vaporizadores e outros produtos na sua bagagem, segundo as autoridades locais.
A prisão de Griner ocorreu numa altura em que se agravaram as relações entre Washington e Moscovo por causa da nova invasão da Ucrânia por parte da Rússia, em 24 de fevereiro.
Griner, de 31 anos, considerou-se culpada mas disse que não tinha qualquer intenção criminosa em fazer entrar o óleo de canábis na Rússia durante a temporada em que devia jogar na liga de basquetebol da Rússia.
A sentença pode agora levar a uma troca de prisioneiros entre a Rússia e os Estados Unidos, que incluiria a atleta, um fuzileiro norte-americano e um russo traficante de armas.
[Notícia atualizada às 17h04]
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