EUA "preocupados" com apoio do Ruanda a rebeldes na RDCongo
Os Estados Unidos da América estão "preocupados" com relatos "credíveis" do apoio do Ruanda a rebeldes no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), disse hoje o secretário de Estado Antony Blinken numa conferência de imprensa em Kinshasa.
© Reuters
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"Estamos muito preocupados com relatos credíveis ??de que o Ruanda apoiou o M23", disse o secretário de Estado dos EUA após uma reunião com o Presidente da RDCongo, Felix Tshisekedi.
O secretário de Estado norte-americano insistiu que "todos os países devem respeitar a integridade territorial dos seus vizinhos".
"Qualquer entrada de forças estrangeiras na RDCongo deve ser feita de forma transparente e com o consentimento da RDCongo. Esta é a principal razão pela qual estou aqui", reforçou Blinken.
O secretário de Estado dos EUA, que desde domingo está a efetuar uma visita a África, que iniciou na África do Sul e termina justamente no Ruanda, acrescentou: "É justo dizer que certamente não fazemos vista grossa" ao apoio de Kigali aos rebeldes do M23.
Blinken salientou que os Estados Unidos dão apoio aos "importantes esforços de mediação liderados por África".
O leste da RDCongo é cenário de atividade armada de cerca de uma centena de grupos que semeiam o caos na região há quase 30 anos.
Um dos mais ativos dos últimos meses é o M23, uma ex-rebelião dominada pelos tutsis derrotada em 2013 e que voltou a pegar em armas no final do ano passado, acusando Kinshasa de não ter respeitado os acordos de desmobilização e reintegração dos seus combatentes.
Para o restabelecimento da paz nesta parte do território da RDCongo, estão em curso duas iniciativas diplomáticas africanas lideradas pelos Presidentes Uhuru Kenyatta, do Quénia - pelo desarmamento dos cem grupos armados ativos - e pelo Presidente João Lourenço, de Angola, para alcançar o fim da escalada de tensão entre Kinshasa e Kigali, acusada ??de apoiar o M23 e que é reiteradamente negado pelo Ruanda.
Blinken pediu ao M23 e a todos os grupos armados que deponham as armas e se unam ao processo de paz.
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