Yury Kot, líder do movimento pró-russo Parus, frisou no Rossiya 1, canal de televisão do Kremlin, que o presidente russo, Vladimir Putin, está preparado para lançar dois mísseis contra centros de decisão caso a central nuclear de Zaporizhzhia seja danificada por algum ataque ucraniano.
O propagandista devoto a Putin colocou Washington e Londres no centro da ameaça nuclear.
“Se alguma coisa acontecer à central nuclear de Zaporizhzhia”, os russos deverão lançar “um míssil em Washington e um segundo em Londres”, indicou Kot.
A ameaça surge poucos dias depois da central nuclear ter sofrido um ataque que poderia ter desencadeado contaminação nuclear naquela área. Moscovo acusa Kyiv de estar por de trás do bombardeamento para recuperarem Zaporizhzhia [região controlada pelos russos desde março], já os ucranianos apontam o dedo à Rússia.
Refira-se que Zaporizhia sofreu dois ataques na última semana. Um dos reatores teve, inclusive, de ser desligado. "Uma catástrofe nuclear foi milagrosamente evitada, mas os milagres não duram para sempre", disse a Energoatom, empresa que opera a central.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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