G7 acusa Rússia de "pôr em perigo" região de Zaporíjia e pede retirada

O grupo dos países mais industrializados (G7) acusou hoje Moscovo de "pôr em perigo" a região ucraniana em torno da central nuclear de Zaporíjia (Zaporizhzhya), ocupada por forças russas, e exigiu que as tropas deixem a infraestrutura.

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Lusa
10/08/2022 14:09 ‧ 10/08/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Exigimos que a Rússia devolva imediatamente ao seu legítimo proprietário, a Ucrânia, o controlo total da central nuclear de Zaporíjia", refere o G7 num comunicado emitido pela Alemanha, que detém atualmente a presidência do grupo.

"É o controlo da Rússia sobre a central que coloca a região em risco", acusou o G7, sublinhando que "o pessoal ucraniano que opera a central nuclear de Zaporíjia deve poder desempenhar as suas funções sem ser ameaçado ou pressionado".

O G7 - composto pelos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Japão, Alemanha, França e Itália -- fez este apelo num momento em que aumentam as tensões e preocupações sobre a maior central nuclear da Europa.

O grupo das sete potências mostrou-se "profundamente preocupado com a grave ameaça" que os militares russos representam para a "segurança" das instalações nucleares da Ucrânia.

A ocupação destas infraestruturas pelas tropas de Moscovo "aumenta significativamente o risco de um acidente nuclear ou incidente" e "põe em perigo a população da Ucrânia, dos Estados vizinhos e da comunidade internacional", lê-se no comunicado.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro, as centrais nucleares do país, infraestruturas determinantes e por isso visadas pelo exército russo, têm sido uma das grandes preocupações em termos de segurança europeia.

A central nuclear de Zaporíjia, no sudeste na Ucrânia, tem motivado acusações mútuas entre Moscovo e Kiev, cada um afirmando que o lado opositor bombardeou as instalações nucleares na semana passada, sem que nenhuma fonte independente pudesse confirmar.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, levantou o espetro de um desastre nuclear como aconteceu em Chernobyl em 1986.

Na terça-feira à noite, o operador ucraniano, Energoatom, alegou que as forças russas estavam a preparar a ligação da central à Crimeia, uma península ucraniana anexada por Moscovo em 2014, e estavam a danificá-la ao realizar esta reorientação da produção de eletricidade.

Leia Também: Zaporizhzhia. Agência de Energia Atómica reafirma preocupação com central

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