O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros tailandês, Tanee Sangrat, disse numa mensagem na rede social Twitter que a Tailândia recebeu um pedido do Governo do Sri Lanka para Rajapaksa poder ficar no país, com base nos "laços cordiais e antigos entre os dois países".
Acordos bilaterais permitem que Rajpaksa, detentor de passaporte diplomático do Sri Lanka, possa ficar na Tailândia durante 90 dias sem precisar de visto de entrada e "a estadia será temporária para continuar viagem", precisou Sangrat, salientando que "não foi pedido asilo político".
Afirmou não saber a data exata da chegada do ex-chefe de Estado cingalês, embora a imprensa local aponte quinta-feira como dia da viagem a partir de Singapura, onde está há cerca de um mês, depois de ter passado pelas Maldivas na fuga do seu país.
A chegada de Rajapaksa "não causará nenhum problema", afirmou aos meios de comunicação o ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Don Pramidwinai, assegurando que "não há objeção do Governo" e que não espera que haja problemas com a comunidade de imigrantes do Sri Lanka.
O Presidente do Sri Lanka nomeado pelo parlamento, Ranil Wickremesinghe, tentou entretanto responder com medidas à escassez de água e combustível, que há quatro meses mantém as ruas com manifestantes revoltados com a carência.
As manifestações culminaram na invasão da residência e gabinete oficial de Rajapaksa no princípio de julho, que precipitou a fuga do ex-Presidente, entretanto deposto.
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