O documento, citado pela agência France-Presse, é assinado por altas patentes do Exército.
O anterior balanço, divulgado na terça-feira, apontava para a morte de pelo menos 17 militares e quatro civis.
Os números hoje divulgados mostram que este foi o ataque mais trágico para o exército maliano desde que o grupo extremista Estado Islâmico iniciou uma série de ataques, no final de 2019, a acampamentos militares naquela região das três fronteiras.
O Exército disse antes em comunicado que quatro civis também foram mortos no ataque. Alguns eram responsáveis eleitos locais, disseram então familiares das vítimas, sob condição de anonimato.
Numa nota, o Exército adiantou que sete dos "inimigos" morreram no ataque, atacantes "provavelmente do Estado Islâmico no Grande Saara (EIGS)", que atuaram com "o apoio de drones e artilharia e com o uso de explosivos e veículos-bomba".
"As operações de sobrevoo clandestinas e descoordenadas registadas pelas forças armadas do Mali (Fama) confirmam a tese de que os terroristas beneficiaram de grande apoio e conhecimentos externos", disse o Exército.
O Estado-Maior do Mali também indicou que se registaram 22 feridos do Exército, perdas materiais significativas, incluindo três veículos destruídos e danos noutros veículos, instalações da Fama e casas de civis.
Do lado "inimigo", além dos sete mortos, o Exército menciona "um número desconhecido de mortos e feridos levados pelos atacantes".
O setor de Tessit, localizado no lado maliano da zona de três fronteiras, uma enorme região rural não controlada pelo Estado, é frequentemente palco de confrontos e ataques.
Grupos armados filiados na Al-Qaida, sob a égide do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, JNIM em árabe), combatem o EIGS, filiado na organização Estado Islâmico. Os terroristas estão à procura do controlo desta área estratégica e rica em ouro.
Os civis, como noutros locais do Mali, são apanhados no fogo cruzado entre estes atores, e acusados de estarem aliados com um quando não estão com o outro. Milhares de pessoas fugiram da zona, particularmente para a grande cidade vizinha de Gao, a cerca de 150 quilómetros a norte.
A cidade e o acampamento militar já foram frequentemente atacados no passado. Em março de 2021, 33 soldados foram mortos numa emboscada pela infantaria do EIGS.
O Mali tem estado em tumulto desde 2012. A propagação 'jihadista', inicialmente confinada ao norte do país, estendeu-se ao centro e sul do Mali, bem como aos países vizinhos Burkina Faso e Níger.
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