Nancy Pelosi. "Não vamos deixar que a China isole Taiwan"
"Eles podem proibir os habitantes de Taiwan de ir à China mas não podem impedir os EUA de o fazer", referiu a presidente da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi, esta quarta-feira, no rescaldo da viagem polémica.
© Getty Images
Mundo Estados Unidos
A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, assegurou esta quarta-feira que os EUA não vão deixar que a China isole Taiwan.
Numa conferência de imprensa em Washington, Pelosi falou sobre a sua mais recente viagem a terras asiáticas, que causou grande tensão entre a China continental e Taiwan.
Acompanhada da delegação que levou na viagem e logo depois de se encontrar com o presidente Joe Biden, a representante afirmou estar "muito orgulhosa da delegação" e que esta foi "uma viagem notável".
A delegação norte-americana passou por diferentes países: Singapura, Malásia, Taiwan, Coreia do Sul e Japão. Nestes locais, Pelosi destaca que foi possível "encontrar-se com os líderes, mas também fazer visitas interparlamentares para aumentar a discussão". Foi uma viagem baseada feita com "humildade e respeito para ouvir e aprender".
"O objetivo desta viagem foi falar sobre economia, defesa e governação mas agradeço antes de mais a todos os países que visitamos o facto de terem prontamente condenado as ações da Rússia contra a Ucrânia em especial em países do sul da Ásia onde a repressão do discurso político está presente", referiu.
No que diz respeito a Taiwan, o objetivo era "dizer que temos esta relação forte baseada no status quo suportamos" e por isso "não vamos deixar que a China isole Taiwan e os proíba de participar em iniciativas como a Organização Mundial de Saúde e outras instituições onde podem fazer uma contribuição válida", sublinhou.
"Eles podem proibir os habitantes de Taiwan de ir à China mas não podem impedir os EUA de o fazer", disse ainda.
Recorde-se que Nancy Pelosi é a mais importante responsável norte-americana a visitar Taiwan em 25 anos. A China, que considera Taiwan parte do seu território, classificou esta visita como uma grande provocação, ameaçando os Estados Unidos de retaliação. Desde então, o Exército chinês lançou vastas militares manobras ao redor da ilha a que também o governo local respondeu com treinos militares.
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